terça-feira, agosto 31, 2010

Nothing sweet about me

Gosto de passar esta imagem. Quem vir para além dela ganha. Um grande amigo meu diz  (a brincar) que sou doce como o limão e suave como uma urtiga.

sábado, agosto 28, 2010

Mas continua melhor

Está uma calma que quase mete medo, não se ouve barulho nenhum onde eu estou.
Deitada no sofá, com o portátil na barriga, janela toda aberta e pés no parapeito, frios. Luzes apagadas como eu gosto, da janela só vejo a lua já a minguar, atravessada por dois traços de uma antena qualquer e  uma estrela, só uma neste quadro todo, ali no canto superior direito. Sinto-me bem assim: quietinha, sem fazer nada, na penumbra e no silêncio.
Tenho fome. Acho que vou dormir...

Começa bem

Hoje, uma grande amiga minha chegava de férias e fiquei de a ir buscar ao aeroporto.
Passei parte da manhã a limpar a minha casa e a tratar de roupa, cumpri a minha obrigação no salão de estética, fiz o meu almoço e preparei duas malas: uma para 3 dias com os meus pais, outra para uma semana no descanso. À hora combinada, mais 5 menos 5 (abençoada 2ª circular que dá para acelerar), lá estava eu na sala das chegadas com metade da cidade e arredores; pronta para receber a miúda de braços abertos e para seguir com ela para cima para os tais 3 dias.
Os minutos passavam e nada. Já tinha verificado que o voo tinha chegado, não podia demorar muito mais lá nas malas, decidi perguntar como era e indicar-lhe que saísse para o lado direito na sala, que assim me via logo. A resposta não tardou, dizia: Minha linda, acho que não era para mim essa sms :) beijinho e até amanhã.
Bem, era mesmo suposto ir buscar essa minha grande amiga ao aeroporto.
Mas é só amanhã...

sexta-feira, agosto 27, 2010

OOO

Estarei out-of-office até 13 de Setembro (preferia ficar até ao 20 mas foi o que se conseguiu arranjar). O telefone continua ligado para os amigos e o mail do trabalho fica na gaveta. Assuntos urgentes, não vai haver. Assuntos stressantes também não.
Espero voltar fresca que nem uma alface e, de preferência, sem estar vermelha que nem um tomate.

Ontem

Praticamente a morrer de sono no sofá, anuncio que está na hora de transumar para o quarto e assim faço. Assim que lá chego o sono passa-me e desperta a esquizofrénica-rabugenta: a minha vizinha de baixo está a ver a novela mas ouço melhor a televisão eu que ela, de certeza, já é meia-noite, mas onde é que estamos?, isto é uma festa ou quê?, não pode ser, eu quero dormir, só me apetece ir lá abaixo..., que falta de respeito pelos outros! 
Como se não bastasse isto tudo também tenho ouvido de tísica (lembras-te Tilde, eras tu que dizias isso) e consigo perceber que há outra conversa misturada no som da novela. São muito provavelmente os vizinhos do lado. Não espera, é só uma fulana; e fala sozinha portanto está ao telefone, não podia ir falar para outro lado?, e não são já horas de estar caladinha também?, que sorte a minha... 
A rabugice transforma-se em fúria quando começo a ouvir risos que vêm mesmo ali do lado; quanto mais risos há, mais irritada fico, isto é uma pescada de rabo na boca é o que é mas deve ser divertido como tudo porque os risos não param. O melhor nesta altura é mesmo ficar calada, não vá dizer coisas parvas num momento que é tudo menos são do ponto de vista mental.
Olha, a novela acabou... Agora só falta a outra calar-se.
Bem, também já não há risos. Foram substituídos por um ressonar baixinho...

quinta-feira, agosto 26, 2010

Hoje

A primeira imagem que me vem à cabeça quando ouço a sugestão "Vamos ficar nesta posição até irmos para Barcelona..."?
Aquela cena do Seven: a polícia a entrar no quarto cheio de pinheiros de cheiro suspensos no tecto e aquele cadáver (que afinal estava vivo) deitado na cama.
Contei e recebi em resposta: "Estava a pensar na mesma coisa..."

Afinal

Diz que afinal só tenho cara de cansada, que tenho olheiras e que a minha pele também mostra que ando a dever horas à cama e ao sofá. De resto cool raoul.
Diz que também não tenho que argumentar com ninguém, que não sou advogada, que só tenho que dizer que já chega de conversa da treta acerca do assunto porque está tudo mesmo bem. E que, provavelmente, é este meu ar cansado e a minha pele branca, assim como o facto de não me arranjar tanto ultimamente, que alimentam a discussão. E que se andasse com as minhas calças em vez das do meu pai também ajudava; foi a piadinha...
Diz que se estiver na mesma depois das férias é que temos que ter uma conversa.
Não vai haver conversa nenhuma, digo eu. Eu, descansada, minimamente bronzeada e com a força toda para voltar a tirar partido do que existe no armário e no nécessaire, vão ver que até vão assobiar.

quarta-feira, agosto 25, 2010

Sexta já vou estar a pensar noutra coisa.

Tenho impressão que estes últimos dias tenho andado uma pilha. Uma pilha chata. Eis porquê.
- Vou entrar de férias esta sexta-feira mas não queria deixar nenhum rabo de fora no trabalho e estou a ver que é isso mesmo que vai acontecer.
- Sinto que devia passar algum tempo em "casa" e não me apetece propriamente passar tempo em "casa" mas sim em casa. Este ano, a coisa resolve-se com 3 dias e ponto final.
- Parece que os meus argumentos relativamente à questão do momento não estão a convencer aqueles que discutem o tema comigo. Eles estão a fazer uma tempestade de um copo de água; a poeira vai ter que assentar para que compreendam.
- Só penso em estar quietinha na cama, numa espreguiçadeira, num sofá ou até sentada num chão qualquer mas ainda tenho 3 dias de algum trabalho pela frente, trabalho esse que se está a atrasar porque estou a escrever aqui.
- Queria conseguir marimbar-me para isto tudo, fazer só o que as minhas duas mãos conseguem fazer, parar de bufar de 5 em 5 minutos, afinal ninguém é perfeito e muito menos eu. 


Ai a culpa, esta idiota... Só me lixa a vidinha.

terça-feira, agosto 24, 2010

Para meu gáudio.

Recebi um e-mail de um colega de trabalho. Nada de extraordinário num dia normal. À partida.
Interessa dizer que partilhamos a mesma formação de base que é como quem diz: nós cá nos entendemos, ou pelo menos eu gosto de pensar que sim. Se isso faz de nós indivíduos diferentes por aqui?, acho que faz, esta gente vai pouco ao fundamental, destoamos um pouco talvez, mas temos provas mais que dadas e não haja dúvida que as nossas particularidades só vêm enriquecer este bando de nem-sei-como-lhes-chamar-por-vezes
A minha mania de pôr todos a mexer (não gosto muito de telefonar a pessoas que estão a alguns passos da minha cadeira) leva-me muitas vezes a percorrer alguns quilómetros aqui no escritório. Vou falar com um, preciso de uns dados de outro, tenho que ir ao laboratório, depende muito. Lá calhou há bocado ter ido perto do lugar dele para falar com outro colega que, por acaso, não estava. A minha outra mania, a de exclamar para mim própria quando as coisas não me correm de feição, levou-me a resmungar qualquer coisa como Mas onde é que andam todos quando preciso deles? ao mesmo tempo que rodava o pé como fazia antigamente nas piruetas da trave, a única diferença é que desta vez não lutei para manter o equilíbrio. E ele riu-se. Como faz sempre.
O título do e-mail era o seguinte: Para teu gáudio quando o pessoal foge de ti…
O conteúdo é um pdf com 186 páginas. A face do documento tem o selo da Bibliotheca Da Academia Real das Sciencias e o título diz: Tratado da Sphera.
Tenho estado a ler nos intervalos do trabalho.

The greatest who Lived in bars

A Chan Marshall, para além de ser linda, tem um tom de voz que me mata. No bom sentido. Se dos meus pesadelos saíssem coisas destas, deixava o meu trabalho já hoje...

Pareço um caranguejo

Foi um pouco mais de uma hora de conversa, perguntas, argumentos e contra-argumentos, tudo tentativas de me fazer entender e por vezes aquela sensação que não consigo exprimir-me de forma clara.  E não deve ser só uma sensação... Por muito que tente não me consigo lembrar exactamente daquela frase que li uma vez e que resumia tão acertadamente o que há para dizer acerca de quão difícil é fazer simples. E se eu tento... Se calhar tento demais; é isso.
Devo ter falado durante uns vinte minutos e cheguei ao fim com um não sei como hei-de explicar, não faz sentido pois não? E numa frase, depois de um Claro que faz acompanhado de um sorriso, ela resume o que eu quero dizer; é por isso que gosto dela. Diz que a minha linha de raciocínio é um erro de pensamento e que é isso que não me deixa andar tranquila, que me faz quase querer andar para trás quando já só há caminho para a frente. É o seu medo a falar por si.

domingo, agosto 22, 2010

Hoje

Acho que vou almoçar por aqui. Há cadeiras, há sombra, há luz e há calma.

sexta-feira, agosto 20, 2010

Ainda hoje sei isto de cor

Muitas das coisas que se aprendem em criança nunca se esquecem. Comigo é assim, julgo que seja assim com muita gente. Duvido que as músicas que cantava e a fábula que me calhou na rifa aprender para declamar numa festa qualquer da escola alguma vez me saiam da cabeça. Tenho boa memória de ouvido; posso não reconhecer caras mas reconheço vozes, posso não me lembrar de quem fez um determinado filme mas saber diálogos inteiros, não consigo decorar a ler mas a ouvir sim. 
Tenho que ver este filme. Nas férias trato disso. É tudo nas férias...

quinta-feira, agosto 19, 2010

OST de hoje

Hoje vai ser preciso uma banda sonora daquelas para me ajudar a fazer tudo o que tenho na minha to do list. O único (pequeno) problema é que acho que não há nada de verdadeiramente adequado nem no pc nem no ipod. Se for muito calma adormeço, se for muito aos gritos fico eléctrica, se for muito mexida passo o dia a cantar. Não pode ser... Eu até sei o que gostava de ouvir mas isso não me ajudava a trabalhar, ajudava-me a adormecer. Falando nisso, hoje tive a clara sensação que conseguia adormecer no duche,  eram só mais uns minutos encostada àquela parede de olhos fechados e água morna a cair-me em cima e dormia (aliás, estou aqui a escrever isto e sinto 10 kg em cada pálpebra). 
E falando em duche. Não é que me encantei por um chuveiro de mão ecológico, toda contente por estar a beneficiar o ambiente e a prejudicar os SMAS, e afinal aquela coisa mal consegue manter o esquentador a funcionar? Esquentador inteligente uma ova, nem sabe o que é bom. O vendedor bem me alertou para esta possibilidade; não há gostos acabados...

terça-feira, agosto 17, 2010

Os pesos e as medidas

Parem de se preocupar comigo sem razão. 
Sinto-me bem mas mais do que isso, estou bem; como, durmo, vivo, tudo como deve ser, muito melhor do que alguma vez o fiz em 30 anos. Tenho umas olheiras mas nada de grave. Não estou nada magra demais, nem sequer estou magra, estou normal. É o que a balança diz e é o que as autoridades competentes dizem. Eu acho que podia estar um bocadinho melhor mas eu sou uma eterna insatisfeita, aceitem isso como sendo parte de mim; aliás, já o deviam saber. Isto com a idade passa. Esperemos.
Gosto de vocês todos, importo-me com vocês e tenho em conta o que me dizem, gosto de todos sem excepção ou não seriam meus amigos, já sabem como é, mas, por favor, não estejam sempre a repetir a mesma coisa...
Eu prometo que também paro de dizer coisas sem jeito nenhum.

segunda-feira, agosto 16, 2010

Lisboa está na rua

Já é tempo que as pessoas comecem a perceber como é bom andar na rua. Qual ar condicionado, qual quê, essa coisa faz mal, isso é que constipa e faz alergias, não é o pó e a relva! E andar de bicicleta está na moda e tudo....
Para os distraídos, desde este fim de semana que passou e até ao 12 de Setembro, há um monte de iniciativas por esta cidade fora. E nem há a desculpa que é caro porque é de graça; é só escolher: cinema ao ar livre em jardins e miradouros, música ou dança, há para todos os gostos. A mim, parece-me que vou aproveitar para rever uns filmes: Gato Preto Gato Branco, Mulholand Drive (nunca percebi nada deste filme) e eventualmente um bom western esparguete que já não vejo disso desde os meus 10 anos.

Tudo na Agenda Cultural.

domingo, agosto 15, 2010

A preguiça

Quem olhar para a foto assim de relance pode pensar que não gosto muito de variar de poisos; errado, gosto de variar mas só quando não sou atingida por uma grande crise de preguiça como aconteceu hoje.
A sesta antecipou-se ao almoço e foi o que bastou para ficar toda trocada. Acordei com a dor de cabeça do costume, aquela que sinto quando não tomo o meu suave veneno, o meu café cheio, com acúcar. Foi a pensar nele que em menos de uma  hora almoçei e me preparei para sair. Manta, livro, bloco, lápis, água e lanche; tudo o que é preciso para passar uma tarde de descanso.
Preguiça oblige escolho ficar perto de casa, ainda penso ir a pé mas a dor de cabeça é mais forte que a minha vontade e vou de eléctrico, o meu meio de transporte favorito, não sei porquê mas é. O carro anda ligeiro, em menos de nada chego ao meu destino, embora já seja tarde ainda não há muita gente e posso escolher entre várias sombras, é assim mesmo que gosto. Ainda por cima não está um calor exagerado, sabe bem ficar com os pés ao sol e é assim que passo a tarde, entre duas posições, três vá, sentada, deitada de costas, deitada de lado.
O que me fez sair dali? Um bando de crianças saídas não sei de onde, por acaso sei, de um dos ateliers que há por ali esta altura do ano. Não foi pelas crianças em si, foi mais pelos apitos em que elas sopravam furiosamente e que imitavam o canto de pássaros. Ensurdecedor. Ainda esperei um pouco mas elas tinham vindo para ficar e o jardim não me pareceu suficientemente grande para nós todos.Se algum dia quiser assustar alguém já sei o que hei-de usar...

sábado, agosto 14, 2010

Hoje

Acabei por não cortar cabelo nenhum.
Em contrapartida retomei um velho hábito, mau por sinal, aquele de ler mais do que um livro ao mesmo tempo. Não que não esteja a gostar do Capote mas o livro é muito grande para ser transportado dentro da mala e eu gosto de andar com um livro sempre atrás de mim, sei lá quando é que me dá vontade de ler? Foi uma desculpa tão boa como outra qualquer para agarrar num dos de bolso que estava a apanhar pó no monte dos próximos-que-hei-de-ler.
Autobiografia imaginária; está bem, vamos a isso. Vai comigo amanhã também.

sexta-feira, agosto 13, 2010

o fim de semana

Este fim de semana vou-me dedicar um bocadinho a mim, estou a precisar e muito. Já não me lembro a última vez que fui ao cabeleireiro ou sítios que tais, com uma excepção vá, o tempo tem sido tão pouco que tudo se tem resolvido por casa. Não é que seja assídua frequentadora mas já cheguei a um ponto em que tenho saudades de que sejam outras mãos a fazer o trabalho por mim.
Hoje mãos e pés, amanhã cabelo. Tenho que confessar que tenho saudades do meu cabelo um pouco mais comprido. Soube-me bem cortá-lo mais pequeno aqui há um ano, penso que me deu uma cara mais de miúda; mas amanhã não sei o que vou fazer. Logo se vê. Uma coisa é certa, assim que me vir, o menino que costuma tratar de mim vai de certeza fazer a exclamação do costume: 
- Tão branca! Ainda não foi à praia nesta altura?!
- Não... Para ficar ainda com mais sardas? Não obrigada...
Mas está bem, talvez no domingo à tarde procure a minha relva do costume e arrisque expor-me um pouco ao sol na companhia do meu livro, já é uma vergonha, tenho que o acabar. Um bocadinho só não há-de fazer mal...

quinta-feira, agosto 12, 2010

Nunca mais é dia 27 II

Depois da reunião de hoje vejo o dia 27 cada vez mais longe. Não; pior.
Duvido que consiga passar qualquer dia até ao 12 de Setembro sem me sentir culpada por estar de férias tal é a quantidade de tralha que terei que entregar até ao dia 15 de Setembro. Antecipar prazos é muito bom.

Ontem

O Surrealismo chegou a Portugal com 20 anos de atraso, aprendi isto ontem, deitada no sofá enquanto lutava para não adormecer. Bem, não devia estar a dar grande luta, a dor que sentia nas pernas estava claramente a ganhar-me. 
Quem me manda abrir o portátil de repente sobre o colo quando não tenho mais que uns calções curtos de pijama vestidos? É claro que, quando o tentei tirar do seu descanso, o computador me entalou com todas as suas forças e me deixou com duas dentadas ensanguentadas, uma em cada perna. O meu serão acabou por se resumir a estar estendida no sofá com dois bocadinhos de algodão ensopados em água oxigenada pousados nas coxas, a ouvir o Cruzeiro Seixas na RTP2. Cá entre nós, não me importava de ter uma serigrafia do senhor.
Sempre achei que o Surrealismo é isso mesmo: surreal, difícil de entender. Por exemplo, como é que um cachimbo não é um cachimbo se é isso mesmo que está escarrapachado na tela? Na verdade sei muito pouco sobre o estilo, só o que li acerca de quadros que encontrei em exposições e o que devoro nas livrarias quando não tenho mais nada que fazer. 
Enquanto o documentário ia decorrendo, a ignorante que sou tentava entender como é que "aquilo" se deita cá para fora, como é que o inconsciente das pessoas se manifesta assim. Como é que aquela gente o consegue representar, seja a desenhar, a pintar ou de outra maneira qualquer. Depois os meus sonhos vieram-me à ideia, aqueles disparates todos que não têm ponta por onde se lhe pegue. Espero que aquilo não seja o meu inconsciente a vir à superfície.
Quero continuar a ser normal.

quarta-feira, agosto 11, 2010

O telefone

Quando o telefone toca antes das 8 da manhã só pode ser engano. Isso ou é o despertador e ainda estou com tanto sono ou tão ocupada que o primeiro instinto é desligar a coisa. Espreitei muito levemente, pareceu-me ser alguém mas carreguei no botão vermelho na mesma.
Mas passado um bocado, começa-se a pensar como deve ser e se calhar era mesmo uma chamada importante, afinal ninguém (minimamente inteligente e que preze a sua integridade física) me liga a estas horas; deixa cá ver.
Era a M. 
Que pensava que já estava no escritório (já houve tempos, já...).
Que pensou em ligar-me porque não sabia a quem ligar e que queria que lhe prometesse uma coisa (mau...).
Que vai fazer uma cirurgia experimental hoje, que não sabe como se vai passar e que se por acaso correr mal que fico eu incumbida de dizer à mãe dela que morreu feliz (ãh??).
Não me quis dizer a que horas é a cirurgia (depois ficas ansiosa e não quero que ninguém venha cá) mas contou-me porque é que morreria feliz. Por esses motivos a coisa só pode correr bem. Se correr mal vou ter umas contas a ajustar com alguém lá em cima ou lá onde é.
Estou a fazer figas com os dedos todos miúda (e vou ver se descubro a que horas é essa coisa...).

terça-feira, agosto 10, 2010

Nunca mais é dia 27

Nunca na vida precisei tanto de férias como agora....

segunda-feira, agosto 09, 2010

As surpresas III

É difícil surpreender-me. Com coisas boas, pelo menos. 
Dou por mim a pensar que banalizo demais tudo o que vou vendo e vai acontecendo, transformo facilmente o bom em normal, de tal modo que me encontro frequentemente num estado nem completamente infeliz nem particularmente feliz, só num estado qualquer, por vezes monótono diga-se de passagem. Atenção, não tenho nada contra a monotonia, até a acho boa em certos aspectos precisamente porque com ela sabemos com o que contamos. O que seria de mim sem as minhas rotinas e os meus hábitos? Acabo de me contradizer, não é? Estava para aqui a queixar-me que nada me surpreende e agora digo que até gosto de linhas sem curvas estranhas. Como ninguém disse que para além de ser tudo o que sou ainda tinha que ter lógica, suponho que não há problema em raciocinar desta maneira.
Para quem não deixa o queixo descair com facilidade, duas surpresas no espaço de três dias pode ser difícil de encaixar. A de sexta deixou-me mesmo de boca aberta; de estupefacção e de riso. A de ontem fez-me duvidar dos meus olhos. Naquele cenário havia uma pessoa que não devia estar ali ou então eu não estava onde pensava estar. Também podia estar a sonhar; dado que vi aquele filme há pouco, a minha tendência para remoer o dia a dia e para transforma-lo em filmes a dormir, era bem possível.
Ambas boas. Qual a probabilidade disto acontecer? 
Ok, é melhor não falar de probabilidades, nunca me dei bem com elas...

sexta-feira, agosto 06, 2010

As marias

O fenómeno Maria-vai-com-as-outras nunca há-de deixar de me espantar... 
A p*rra da loja já existe em Lisboa há uns 3 anos mas só agora é que o mulherio acordou para a vida. Há 3 anos e bem à vista de toda a gente minhas lindas como é que só agora deram conta dela e de repente é o máximo? Ó minhas pobres... 
Têm cabeças para quê?

quinta-feira, agosto 05, 2010

Os factos

Um blog pessoal é ou não para dizermos a verdade a nós próprios? É, não é? Bem me parecia. Então cá vai.
Ó menina I, depois das boas notícias de ontem não podias estar um bocadinho menos empenhada em mandar tudo às urtigas e desmentir a tua querida Dr.A? Não podias ficar contente por ti, só um bocadinho?
Poder, podia. Mas se o fizesse, se tudo corresse bem, se eu acreditasse mesmo em mim, eu não seria eu. Seria uma pessoa perfeita. E essa m*rd* não existe.
(Isto, daqui a meia-hora já me passa...)

Ontem

Completamente por acaso, a caminho de uma bica tardia no Kaffeehaus, reparo que aqueles que estão ali a passar à minha frente são meus amigos. 
Depois dos beijos e apresentações, dos como estás e do que andam a fazer por aqui, acabamos por nos juntar e por assentar arrais no Fábulas, outro sítio que me agrada bastante. Digo que não fico muito tempo, amanhã trabalha-se meus amores, vocês estão de férias, eu não, como vos invejo... Eu nem gostava de férias antigamente, não lhes via a utilidade nem o propósito. Mas agora... Ai agora...
Vem o café, bebe-se o café e queima-se a língua, dá-se atenção a duas pessoas ao mesmo tempo, conversa-se um pouco mais, brincamos às traduções da ementa, que abóbora é abricot; é nada seu tolo, é citrouille... (risos), e rúcula?, roquette... Ainda os faço rir um bocado com o meu (falso) ar blasé em relação aos lugares de que se fala. Eles já conhecem esta minha atitude de Bof... e acham-lhe graça, vá-se lá saber. Aproveitamos para falar de um amigo ausente, Etiópia, podia-lhe ter dado para pior de facto mas ainda bem que não está ali connosco, há certas companhias que lhe dão indisposições...
Bem... Que está na hora.  
Already?  
Ah pois, I'm almost sixty years old, didn't you know? (às vezes parece...)

quarta-feira, agosto 04, 2010

E este senhor?

Vai morrer sem que eu o veja ao vivo? É que ouvi-lo já o ouço desde que tenho ouvidos...

terça-feira, agosto 03, 2010

Aimer à mourir

Esta música dá todo um novo sentido à expressão pele de galinha. A mim, mais do que isso, põe-me os cabelos em pé todas as vezes que a ouço. No bom sentido. E hoje já foram umas poucas.
Se calhar é do sotaque que ele tem, percebe-se lindamente na conversa inicial que ele tem com o público no início do clip, percebe-se ao longo da música e é um charme. É este o francês que eu gosto de ouvir, não a língua assassinada que hoje em dia se apanha no ar tantas vezes. Isso põe-me os cabelos em pé também mas pelas razões erradas...

Blheuc...

O Locabiosol sabe mal.
Preferia ter que engolir vinte comprimidos de uma vez só do que ter que fazer um "puff" (como o médico lhe chamou) desta coisa para dentro da boca. Agora imagine-se que tenho que fazer 4 "puffs" disto por dia e estamos diante do martírio que vão ser os meus dias até sexta-feira. 
Adoro exagerar. Fazer trinta por uma linha e tempestades de copos de água; sobretudo quando só me queixo para mim mesma e para as paredes; assim ninguém mais me ouve e ninguém me chateia por me deixar levar pela drama-queen que há em mim mas que raramente sai à rua (em público).
Raios partam as laringites...

segunda-feira, agosto 02, 2010

Ontem

Já tinha saudades de um bom escaldão, ah se tinha. Este não é tão aparatoso como os do ano passado, é pequenino, quase não dói e, sobretudo, é discreto. Nada de pseudo meias de lycra vermelhas pelo joelho ou tatuagens cor de tomate no peito, só uma manchita no ombro direito. Logo passa... Nem sei bem como é que isto se fez, parece-me que andei sempre à sombra; na verdade tanto à sombra que até tive frio durante a tarde lá na relva do jardim da Estrela, deve ser por isso que a minha garganta se anda a queixar tanto. Acho que para além de uma pele de camarão também ganhei uma amigdalite. Sou uma sortuda, é o que é, dois prémios no mesmo dia não é para todos.
Sugestionada pelo Câmara Clara do outro dia, pareceu-me que o MNAA era uma boa aposta para o fim de semana, há uns bons 5 anos que não punha lá os pés, pensando bem desde que tive a sorte de ter andado a meter o nariz no instituto lá ao lado. Ontem, como na altura aliás, mal tinha acabado de entrar numa das salas, pensei para comigo: aqui é que eu era feliz a trabalhar, de cotonete na mão, olhos no microscópio e cérebro nos difractómetros e outras máquinas que tais. A vista das janelas do instituto sobre o rio é fenomenal, já não falo do ambiente, da calma e dos cheiros daqueles interiores, é tudo o que eu gosto mas, infelizmente, descobri isso tarde. Quando estamos a acabar algo era quando o devíamos começar, já dizia a minha mãe e é bem verdade. 
Falando em acabar vamos lá ver se hoje termina um ciclo com a consulta de logo à tarde. De mensal passou a bi-mensal, depois a semestral, talvez hoje passe a anual e daqui a um ano termine de vez. Era muito bom sinal. Sinal que tenho que passar a encontrar uma fonte substituta de pílulas da felicidade no meu dia a dia em vez de as tirar diariamente de um blister de plástico para as meter pelo esófago abaixo com um copo de água. Há dias em que os vejo como placebos, provavelmente já são só isso mesmo e eu não quero andar de bengala toda a vida!

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