segunda-feira, julho 25, 2011

rip

Vais continuar no meu Ipod.

Os últimos dias

Olhar para a televisão estes dias, pensar que andei por aquelas ruas de Olso há tão pouco tempo e saber que a minha amiga vive naquele país, é estranho. É ainda mais estranho porque cá dentro sei que é horrível mas não me sinto imediatamente chocada, é como se ouvir aquelas notícias fosse equivalente a ouvir o boletim meteorológico enquanto como qualquer coisa. Penso que é horrível, sim, ponto. Só mais tarde é que reflicto sobre a coisa e caio em mim. Talvez por isso só tenha pegado no telemóvel no sábado para lhe ligar e confirmar que estava tudo na ordem; e está. Já no 11 de Setembro do ano que não é preciso dizer foi igual; vi, falei sobre isso, mas só encaixei dias depois.
Bom, hoje é o estômago que está a dar cabo de mim. A cabeça também, desde ontem. Estou a ver que tenho que ir ali ao posto médico medir a temperatura. Isto está mau, está.

segunda-feira, julho 18, 2011

Ontem e hoje

Trouxe metade da horta comigo este fim de semana, tenho muito legume para cortar, pré-cozer, meter em saquinhos, por etiquetas com nome e data, congelar, descolar, voltar a acondicionar e, finalmente, guardar até ao dia de usar. Courgettes, feijão-verde verde e feijão-verde amarelo cortados de varias maneiras. As alfaces, os repolhos e mais feijão verde já foram distribuídos e os pastéis de massa-tenra já serviram de jantar gulodice; falta-me guardar os alhos, os doces, o azeite; enfim, a mimalhada toda com que a mãe fez questão de me encher e eu agradeço. Se me deixasse trazer o gato até esse eu trazia. E a gata, a cadela e até um dos cachorrinhos da vizinha...
Um tapete, directo do tear pelas mãos da mãe da minha madrinha há mais de 50 anos, está dobrado à espera de encontrar o lugar dele na sala. Nunca serviu, parece que estava à minha espera. É para estrear agora, depois das obras. O cesto de verga, mais velho ainda, descansa em cima do móvel dispenseiro da cozinha, à espera do dia em que o leve a passear até ao jardim mais próximo. Antes de ser meu, já há muito tempo, costumava ir para a ceifa e para a apanha da batata. Não sei se se pode considerar que subiu na vida; talvez, vai carregado na mesma, vai ao calor na mesma, vai dar ao mesmo.
Bom, vou para casa. Muita tralha para arrumar e lixo pós obras para limpar.

sexta-feira, julho 15, 2011

Ontem

Todos compareceram au rendez-vous, só faltou mesmo o Verão. Se fosse ele tinha vergonha, em Julho, obrigar as pessoas a pedir mantas polares para se aguentarem numa esplanada tão simpática. Já no sábado passado, à noite, no clube ferroviário, foi a mesma coisa. Isto não se faz...

quinta-feira, julho 14, 2011

Allons enfants de la Patrie

CE1, teste de história, pergunta: Em que dia se deu a tomada da Bastilha?
Ai ai ai, não sei..., não percebi a pergunta, sei lá eu em que dia é que isso foi... (carequinha de saber que dia era mas com uma branca descomunal provocada pelos nervos infantis de quem compete com os restantes colegas de turma em cada contrôle). As coisas de que nos lembramos passados estes anos todos... E o tempo que perdemos a pensar nisto, tanto agora que já nada interessa, como na altura em que ainda ninguém nos tinha explicado que andar assim a competir para ser a melhor em qualquer coisa também não era assim tão importante? Mal empregado tempo. 
Bem empregado seria a aproveitar o feriado, numa praia qualquer, num jardim qualquer, numa esplanada qualquer, com as amigas, com o amigo que tem uma coisinha para me dar (yuppie , yuppie, viva a futilidade!)  e com o namorado. Não é feriado cá? E então, um pouco de solidariedade, nom de Dieu
Le jour de gloire est arrivé, lá diz a música.

quinta-feira, julho 07, 2011

A ingrata

Eu. 
Fui aumentada, não fiquei contente mas quando a minha chefia me fez essa mesma pergunta, sorri e disse que sim. Preciso de uma sessão de chicotadas auto-infligidas; não pela mentira em si mas pelo desrespeito por mim própria.

quarta-feira, julho 06, 2011

Se ando triste

Eu? Não...Bem; talvez.
Quer dizer, só um bocadinho; sim. 
Porquê? Sei lá, não faço a mínima ideia. 
Ainda estou a pensar que, ontem à noite, não fiz nada relativamente àquele gatinho todo encolhido no túnel do Marquês. Preguei um susto ao condutor da viatura em que seguia com o grito que dei que, afinal, não serviu para nada. O gatinho ficou lá e a lembrança da minha gata continua na minha cabeça oca. Odeio ver pessoas a passar mal enquanto eu continuo com a minha vidinha. Odeio ter gasto aquela quantidade de dinheiro nas obras lá de casa porque, ao fim e ao cabo, é tudo uma futilidade. Odeio o estúpido do espelho. Odeio os meus joelhos, as minhas pernas e assim. Odeio comida. Odeio a palavra odeio.
O quer vale é que daqui a nada já passou e volto a ser eu. Quem nunca se sentiu assim que me atire pedras.

segunda-feira, julho 04, 2011

Ontem, anteontem e ante-anteontem

Ontem, fez 15 anos que o meu padrinho faleceu; lembro-me desse dia como se fosse hoje. Lembro-me do meu outro padrinho, genro do primeiro, chegar a minha casa e de, só à sua vista, a minha mãe começar a chorar e a dizer que não. Entrou, não disse nada e a minha mãe começou a chorar ainda mais, eu chorava também, sem grande vontade de me ir matricular à tarde mas tinha que ser, afinal ia para o 10º ano e isso era importante. Pensava eu, acho eu. Se fosse vivo teria por volta dos 90 anos, era a pessoa mais bem disposta que conhecia, mais da minha família do que qualquer um dos meus avós, é verdade, e nem sequer somos do mesmo sangue. Mas era como se fôssemos. Por isso tivemos medo e aquele pressentimento quando soubemos que tinha tido outro ataque cardíaco.
Deixava-me tomar banho no tanque de rega do pomar, só tinha que ajudá-lo a limpá-lo. Com ele plantei o carreiro de cima das macieiras novas, ao sol, durante umas das férias de verão. Com ele andei de tractor, aquele que o meu pai guia ainda hoje, e com ele lambuzei-me de gelados às escondidas da minha mãe, quando o via chegar com o saco na mão até os olhos se me riam.
Um ou dois meses mais tarde foram afixadas as turmas e os horários no Liceu e soube que não tinha ficado com as disciplinas opcionais que tinha escolhido naquele dia de loucos; fartei-me de chorar, fiz 2 ou 3 requerimentos para mudar de turma, todos em vão, não me conformava e, sobretudo, não percebia o motivo. Se alguém devia ter o que queria, era eu, achava eu e, por acaso, achava bem, haja quem me desminta ainda hoje. Chorava, irritada, quase irada, para nada ao fim e ao cabo, era assim que ia ser e só tinha que me conformar. O teu padrinho acreditava no destino, não tens que te revoltar dessa maneira, vive só o que aí vem, talvez até seja o melhor para ti, foi qualquer coisa deste género que a minha madrinha disse. Não pude senão calar-me. E até hoje me calo.
A parte importante do post começa agora. 
Ontem, fiquei em casa o dia todo. O mais próximo que estive da rua foi quando fui estender e apanhar roupa ao estendal. De resto, cama, sofá, banheira, sofá, séries, livro. Um domingo muito bom. Não estou a ser irónica.
Anteontem, um pedido estreia numa farmácia, esperemos não repetir. 
Ante-anteontem, na FIA, esqueci-me que estava em contenção de custos, pós-obras em casa oblige, e cedi aos brincos da Inês ali ao lado que, por acaso, já andava a namorar há uns largos meses. Só a muito custo resisti a mais uns da Liliana, também ali ao lado.
Hoje estou em negação. Voltei do almoço, vi que tenho duas respostas a mails importantes e ainda não os abri. Vou adiar o mais que puder. Curioso como há pessoas que até à distância me intimidam.
Mais logo tenho a minha cadeira à espera.

sexta-feira, julho 01, 2011

Eu me lembro desse tempo...

Parece que estou a ouvir as minhas tias...

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