quinta-feira, agosto 30, 2012

A catarse

Se conseguisse ser magra era perfeita, é o que a minha cabeça me diz a toda a hora. Sentir-me-ia perfeita, nem que fosse por uns segundos só até me sentir gorda outra vez. É doentio, eu sei, mas não consigo deixar de pensar nisso e de me sentir uma falhada por isso; por senti-lo e por pensá-lo. Por outro lado, tenho conseguido que isto não mine demasiado a minha vida; ou então só quando me vejo ao espelho e quando evito conscientemente vestir certas e determinadas peças de roupa com medo que não me sirvam, coisa que acontece praticamente todos os dias felizmente não a toda a hora. Para fora só passam os Estou gorda que nem uma vaca de vez em quando, vezes a mais, interpretado como absolutamente normal porque vindo de uma mulher. Tenho plena consciência que vai ser sempre assim, hoje, amanhã, daqui a 5 ou 20 anos. Em certas alturas vai piorar depois volta ao que é agora, melhorar mais que isto, duvido...

terça-feira, agosto 28, 2012

Os amigos e nós

Temos amigos tão diferentes ele e eu; aliás, somos tão diferentes ele e eu que por vezes penso como é que há um ele e eu. Talvez seja por isso mesmo.
Mas, os amigos.
À parte uma excepção bem identificada* e que nem é do meu lado, não tivemos dificuldade em adoptar os amigos um do outro, coisa que até pode parecer um contra-senso vindo de uma pessoa aparentemente tão pouco tolerante quanto eu e de uma tão open-minded como ele. Digamos que se há grupo de amigos heterogéneo, é o meu e que se há grupo de amigos homogéneo, é o dele. Posto de outra forma, os amigos dele gravitam em torno do pico da distribuição de Gauss, os meus andam para lá dos três desvios padrões. Por isso, quando ele me chamou à atenção sobre o que se passou num jantar entre amigos (*esses) na semana passada, fiquei confusa comigo mesma. Há que dizer que sou especialmente intolerante no que diz respeito a comportamentos que julgo inaceitáveis, é verdade; por vezes nem sequer consigo disfarçar e exteriorizo mas juro (se servir de atenuador) que tento não o fazer. Naquele dia houve um ultrapassar de marcas e uma série de exageros que em condições normais eu seria a primeira a condenar e, no entanto, nem me pronunciei enquanto ele explodiu por dentro e a certo ponto não conseguiu disfarçar o mau estar, o desagrado e a vontade de sair dali. Assim, visto pela rama, parece que aceito comportamentos impróprios vindos de amigos meus. Mas se são meus amigos como é que posso aceitar isso? É o cúmulo da falta de coerência, não?

terça-feira, agosto 21, 2012

Ora bem

Ando farta de ouvir barbaridades por todo o lado... É-me cada vez mais difícil não reagir, nem que seja interiormente, às inúmeras coisas-sem-jeito-nenhum que vou ouvindo ao longo do dia, seja da boca do meu colega do lado, da vizinha de baixo, de um fulano qualquer na televisão ou do idiota do ortopedista que trata o meu pai. 
Não se diz que que Não há problema nenhum da situação de um diabético impossibilitado de se mexer por uma perna toda engessada enquanto recupera de uma fractura seguida de uma operação, ou será de uma operação precedida de uma fractura, e de uma chusma de agrafos na carne. Não se diz que Não é preciso nada demais em termos de cuidados com a cicatrização e a possibilidade de  infecções, pelo menos não a mim que não gosto que gozem com a minha cara por muito feia que seja. Não a mim nem a qualquer outro ignorante que merece ser informado por quem supostamente devia saber do seu métier. Preferia ter sido eu a partir a perna, estaria menos preocupada com esta história.
Cansa-me tentar retirar informação útil de qualquer telejornal de duas horas e meia, sobretudo quando insistem em mostrar e re-mostrar o Sr. Louça a insistir que bicéfalo se diz de uma coisa com uma cabeça de homem e uma cabeça de mulher. Não Sr. Louçã, bicéfalo diz-se de algo que tem duas cabeças, ponto; um conselho: volte para as aulas de semântica ou tire partido da melhor leitura de casa de banho do mundo: o dicionário. Verá que vai começar a pensar duas vezes antes de abrir a boca. Conheço quem o faça e continue a dizer muita baboseira mesmo assim mas vale a pena tentar.
Não me apetece continuar. Já estou a entrar na categoria de pessoas que me irritam...
Preciso de férias, já disse?

quarta-feira, agosto 15, 2012

Estes dias

É lindo mas é ainda melhor estar de volta...

sexta-feira, agosto 10, 2012

A Terceira

Irónico que a primeira ilha que vou visitar seja a Terceira. As outras terão que ficar para outras núpcias. 
Então até quarta-feira...

segunda-feira, agosto 06, 2012

A Ginástica

Olho para isto e lembro-me do medo que sentia. Imediatamente antes de correr para qualquer diagonal, para o cavalo ou na preparação para sair da trave. Aqueles anos foram a brincar mas para mim eram muito a sério; o pentear antes das competições, a rotação entre os aparelhos, as quedas, os "bifes" nas palmas das mãos, os abraços da treinadora e os ralhetes, "se tens medo o melhor é ires para a natação", horríveis para qualquer miúda de 10 anos.
É um desporto tão difícil quanto bonito, tão exigente quanto cativante, tão perfectionista que até dói, mas lindo. Por isso fazer o que a Catalina está a fazer é incrível; voltar com a idade dela, competir com miúdas de 15 anos e ser o que se viu em Londres e nos europeus é uau.

Num registo um pouco diferente, isto também é lindo; e também passei por lá...

quarta-feira, agosto 01, 2012

Ontem

O meus pés e dedos das mãos não estiveram quietos um segundo. Em mim, isso é bom sinal. Pena tanto lugar vazio e pena o enjoadinho que estava sentado ao meu lado ter logo ocupado um...
Não fui eu que gritei I love you mas tenho pena...

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