O segredo dos seus olhos

Não me canso de ver e rever fotografias dela. Nem de lhas tirar. Dizem que abuso da máquina e do telemóvel quando estou com ela; tanto que também dizem que é fixada nestes aparelhos. Mas eu não acho; visto que não posso submeter a criança ao Skype diariamente, é a única forma que tenho de estar com ela todos os dias...

Tem uns olhos lindos, sai ao pai e à mãe (e a mim); estou ansiosa por saber de que cor serão realmente...

Down the aisle

Só assim é que aguento o dia que aí vem....

Eu tentei, bem tentei, por aqui o video do Didn't It Rain pelo Hugh Laurie e os Copper Bottom Band mas o blogger está contra mim. 

O dia de hoje não vai lá sem uma boa dose de música, da boa, daquela que não me deixa ouvir este ruído de fundo constante que me irrita; sim, eu sei, tudo me irrita; que me dá vontade de disparar tiros dos verdadeiros em todas as direcções.

Desabafo cá fora, au travail...

Nobel

Parabéns Sra Estrôncia, este prémio também é um pouco teu :) O que seria dos teóricos sem os experimentais...

  CERN congratulates Englert and Higgs on Nobel in physics

Live while you're young

Por vezes acho que não vivi tudo o que tinha para viver, ou tudo o que devia ter vivido, ao longo destes 33 anos. Não sei se é de andar a ouvir muita música de teenager ou se é deste mood de monga (homem da casa dixit) com que ando ultimamente. Pode também ser de me ter nascido a minha sobrinha, de ver as minhas amigas casadas e grávidas, algumas pela segunda vez; de me ver cada vez mais velha mas de me sentir cada vez mais nova.

À suivre.

No news

are good news.  

Talvez. Ou só não me tem apetecido escrever aqui. É mais isso, pelo que vamos fazer de conta que não houve interregno nenhum e seguimos em frente.

Descobri que não suporto ouvir Keith Jarrett, Gary Peacock e Jack DeJohnette e os seus Standards em ruído de fundo enquanto trabalho. Baralha-me o cérebro, faz-me andar ás aranhas, dá-me uma sensação de descontrolo que me põe louca. Já Yann Tiersen marcha que nem pãezinhos quentes, comparações estúpidas à parte. Desconfio que não deve ser só a escolha da música que anda a dar cabo do meu humor no campo do trabalho. O ambiente semi-apocalíptico, semi-outra-coisa-qualquer pós despedimentos holocausto também não tem ajudado muito à festa. E quem é que, para variar, paga as favas? O homem lá de casa. Aquele que me aguenta todos os dias e me pede festas no cabelo também todos os dias...

A estupefação

O que era suposto ser uma limpeza de primavera, atrasada praí uns 3 anos, acabou numa razia de primeira.

Sem palavras II

E palavras para quê? Não faz lembrar o Dylan? Os Beatles?

Bored...

A suspirar todas as semanas pelo seu fim e sobretudo por que chegue o mês da pitié: Setembro. À moi férias, à moi Ericeira, à moi dolce fare niente, sestas, sopas e descanso...

2 meses

Tão fofinha que dói...

Odisseia

Tróia; nada de Helenas, Paris ou cavalos. Só uma extensão de areia a arder; um mar frio de uma cor sem nome; sol do bom mas mau e amigos, muitos e também muita miudagem. 

Só tenho pena de uma coisa: não ter lá ficado. Mas diz que a obrigação vem sempre antes da devoção diversão. E infelizmente não é o Poseidon que me paga o ordenado...

O me-do

Só há um apartamento alugado neste abençoado prédio e tinha logo que ser no meu andar. Há 8 dias que há lá inquilinos novos e, curiosamente, há 8 noites que não durmo uma noite inteira. Será que uma coisa tem a ver com a outra? Pois eu acho que sim... Só em jeito de aviso, a partir de agora vou escrever coisas que me podem valer apedrejamento público. Coincidência ou não, esses novos inquilinos são pretos. Estou-me nas tintas para se estou a ser politicamente incorrecta, racista, o que lhe quiserem chamar; esta gente que mora aqui ao lado não faz a mínima ideia do que "viver em sociedade" e "respeito pelos outros" significa. A palavra civismo não existe no dicionário deles. Diria o mesmo se não fossem pretos? Claro. Continuam a querer apredrejar-me? Força...

Quando acordei em sobressalto na primeira noite, ao som de Kizomba da boa, perto das 1:30 da madrugada, pensei que estava a sonhar. Já o homem que dorme ao meu lado tinha acordado e tentava identificar a proveniência do festival quando exclamo "o que é esta m*rda?" e pulo para fora da cama em direcção à porta da rua. Sem pensar, como é meu hábito, saio e bato à porta da frente. Vou-me abster de transcrever o diálogo para não levar com mais calhaus, digo só que a música parou e que lá voltei para a cama. Nas noites que se seguiram fomos ferozmente brindados com sistemáticos tocamentos nocturnos à campaínha, bastante menos melódicos que Kizomba mas mil vezes mais atordoadores e passíveis de provocar ataques cardíacos a quem com eles acorda. É preciso ser-se muito "---------" (preencham à vontade) para não se ter a noção que tocar à campaínha durante horas entre as 1 e 4 da manhã pode acordar os vizinhos e, quem sabe, incomodá-los? Usar uma chave, ligar para um telemóvel; será que são conceitos assim tão transcendentes? 

A única coisa que me ocorre dizer é: é triste. A outra é: o que é que faço perante uma coisa destas? É que já começo a ficar ansiosa só de pensar em ir dormir...

É tramado II

Chego à conclusão que sou tapada de todo quanto a certas questões. Afinal não está tudo perdido?! E as mulheres é que são complicadas...

É tramado

Devia estar com o portátil do trabalho ligado agora mesmo e estar a adiantar a minha vida para amanhã, mas não, estou com o meu notebook a escrever aqui e, por uma vez, preferia não estar. Porque iria significar que não estou a ruminar no que estou a ruminar após ter aceite e comparecido ao convite súbito para café que recebi pouco depois de sair da psicoterapia. Se ao menos a consulta não tivesse sido hoje e ainda tivesse a oportunidade de exorcizar isto tudo esta semana...

Sinto; digo sinto porque já aprendi a medir as palavras, caso contrário diria "sei"; que, profissionalmente, tenho as portas fechadas à minha volta. Porque, dizem, tenho mau feitio; porque me movo num meio demasiado pequeno. Estou triste, irritada; nem sei se é possível estar as duas coisas ao mesmo tempo mas também não interessa; estou desiludida. E pior, não sei o que fazer para mudar, porque sei acho que para alterar uma característica destas seria preciso voltar a nascer.

Coisa boa II

Parece a Maggie Simpson a chuchar: intermitente e ruidosa. Cheira bem, ri a dormir, gosta do banho e de estar sem fralda.

Coisa boa

Gente parva, que fica assim rendida perante uma coisa tão pequenina; é só um bebé. Um bebé só chora, mama e suja fraldas; não deixa dormir os pais, monopoliza atenções, manipula tudo e todos; gente parva esta... O bebé nem sequer é vosso, parvinhos que são deixarem-se assim enfeitiçar...

Visto de fora são todos parvos até ser eu, parva também a ficar na mesma e pior ainda.

A miúda

vai nascer.
Acabou-se a renda, está na hora. Daqui a um bocado, aqui vou eu; missão: tornar-me tia.

Sem palavras

Não tenho nada para dizer, só se fosse para estragar. Fico-me pelo ouvir. Felicidade era ter toda a discografia dela no ipod...

Estes dias

Tenho tido tanto que fazer e em que pensar ultimamente que se me foi a vontade, ou paciência, de escrever aqui. Nada de realmente interessante; infelizmente, coisas da vidinha do dia a dia, da lida daquele meu trabalho que todos os dias me exaspera um pouco mais; afinal é só mais do mesmo. Mas hoje, e talvez tenha sido do sol, apeteceu-me. 

Caminhar até ao CCB. Ver que já abriu a época da relva no jardim e estranhar que o café esteja fechado (what the hell?). Entrar na Arte Periférica, cobiçar os pastéis (de óleo, não de Belém...) mas escolher 2 tubos de acrílico talvez para pintar no próximo dia de São Nunca ao fim da tarde. Por fim, voltar de eléctrico e acabar onde estou; sossegada em casa.

Estaria tudo bem não fossem as infelizes das velhas do rés do chão e do último andar, surdas que nem portas, aos gritos nas escadas...

Ontem

Ando aqui às voltas com uma pergunta na cabeça. Quantas vezes é que o Zeca Afonso rebolou na tumba ontem ao ouvir aquela música cantada por tantos em nome lá bem eles sabem de quê? 

Estou convencida, e posso estar errada claro, que grande parte das pessoas que ontem foram para a rua, foram sem saber exactamente porquê nem para quê, nunca pensaram verdadeiramente no que se passa à volta deles; foram só. Foram mais um carneiro, mais um papagaio, mais uma Maria; sempre faz mais monte e pode-se aparecer na televisão... Mas posso estar errada, claro.

Eu gostava que me explicassem uma série de coisas. O que viria após a queda deste governo. O que fariam os seguintes de forma diferente? E qual ou quem seria a alternativa (que tem tanto de espectacular como de imaginária) que nos iria tirar do buraco tipo mágico que saca coelhos da cartola. Como assim "que se lixe a troika"? Ele foram chamados, não se vieram cá meter por auto-recriação nem nos suplicaram que os deixássemos emprestar-nos dinheiro. E continuo a poder estar errada, claro.

O fim de semana

A esta hora já devia estar adiantada na minha caminhada das manhãs de sábado mas a preguicite tomou conta de mim mal pus o pé fora da cama... Três dias de 14 horas a mexer fizeram-me isto; deixaram-me assim; mole. E acabei eu de fazer 33 anos, não tenho cão nem gato nem filhos a cargo, só umas plantas que de vez em quando ficam desidratadas.

Ao reler as linhas anteriores, em busca de erros ortográficos entre outras coisas, estou a pensar que sou uma lástima mas não posso dizê-lo em voz alta; é que estruturar o pensamento através da fala é uma coisa que tem que ser feita com cuidado, sobretudo por pessoas como eu que tendem a exagerar. Se eu quisesse mandar cá para fora este pensamento, deveria dizer que às vezes sou uma lástima e não que sou uma lástima tout court pois só porque me sinto assim de vez em quando, não quer dizer que o seja. Sim, Dra A., ando a fazer o trabalho de casa.

Pronto, posto isto, e visto que os meus planos para hoje estão gorados graças à manifestação, vou-me dedicar às limpezas...

A tristeza

É já estar no trabalho. I rest my case...

Balanço

Fomos, fiz 33 anos, voltámos e continua tudo na mesma. 

Nem a falta de educação, ou lá o que é, dos franceses abalou a boa disposição do namorado; nem nenhuma revolução virou de vez este país de pernas para o ar. O Papa resigna e a Terra continua, como é lógico, a girar; os fulanos do BPP e a Fátima Felgueiras continuam a monte e eu tenho um ano a mais. Facto acerca do qual o homem dizia hoje de madrugada, tirada saída sabes Deus de onde, se não fazemos uma criança em breve vamos é parecer avós em vez de pais... (não vá ele fazer um ano a mais daqui a uns tempos também). A espera pelos resultados dos processos de recrutamento em curso continua (embora me cheire que um deles já deve ter ido à vida); amanhã regresso ao rame-rame do costume e no sábado vou confirmar que vou ter que ir a recurso para cumprir o objectivo dos 6 kilos que tinha a perder até final deste mês.
Nada de novo debaixo do sol.

33

Parabéns a mim. Festejados na mesma cidade que me viu vir ao mundo; tal como hoje, era domingo e diz que nevava. Giro...

O desastre

Uma massa de um kilograma largada de uma altura de um metro atingiu o meu dedo do pé com uma aceleração suficiente para o partir. Pela forma como doeu era o que eu achava mas a radiografia desconfirmou, contas feitas só deu para uma fissura. Que desilusão... Podia pelo menos ser alguma coisa de jeito.

É nestas alturas que nos apercebemos que as coisas mais aparentemente ínúteis, como um insignificante dedo do pé, têm afinal um papel importante no conjunto que somos. De repente cada movimento meu se repercute naquela coisa pequenina, acho que até a respirar o sinto... De repente começo a pensar que todas as voltinhas que planeei dar para a semana podem estar afinal limitadas; mas que também não é por ter um dedo rachado que vou deixar de ir. Ou de apreciar a viagem. E a companhia...

Tudo e nada

Parece-me que não escrevo aqui há anos.

Tem acontecido tanta coisa e nada ao mesmo tempo, nem sei se vale a pena escrever sobre isso; aliás não sei se continua a valer a pena manter um blog mas, como para já, não paga imposto, por aqui vai andando, aos caídos, para quando me apetecer. Assim como hoje.

Apesar do tempo que passou, não aconteceu nada digno de registo, vejamos:

• Voltei aos sonhos; passo as noites a rever os meus dias de forma distorcida, misturo o que me preocupa com o que de facto acontece e o resultado é a sensação de cabeça feita em água  ao acordar. Digamos que o facto de ser "atacada" de quando em quando durante a noite pelo sonâmbulo que dorme ao meu lado também não ajuda à festa. Posto isto, ando de mau humor e ainda há quem ache isso estranho...

• Esqueci-me de tomar uma pílula no último terço da embalagem e só isso tem representado pelo menos mais uma tonelada em cima de mim. Como é óbvio, também não tem ajudado o meu humor a melhorar substancialmente; sim que isto de bebés é muito bonito mas são os dos outros. Ainda ontem assisti a uma cena de histeria insuportável vinda de uma criança dos seus 3 anos e a única coisa que me veio à cabeça foi que "só à pancada", shame on me; pior, disse-o de viva voz. Mas enfim, neste momento rezo para que algo aconteça na 3ª, mais tardar 4ª-feira, ou providências terão que ser tomadas, mesmo que eu não saiba ainda quais.

• A minha nutricionista desmarcou a consulta deste sábado e ando aqui às aranhas sem saber em que pé me encontro de balança, se bem que suspeito que não muito bem. Como jurei não me pesar em nenhuma a não ser aquela estou basicamente tramada. Como a A. só volta em Fevereiro tenho daqui até lá para desfazer as asneiradas todas dos últimos tempos so help me God... (por exemplo, já me enviavas uma gastroenterite ou assim)
  

• Continuo a sofrer com os hundred nas aulas de Pilates mas a boa notícia é que já consigo fazer o pike! E bem feito, na vertical mesmo.

• No campo da mudança de emprego temo ter metido a pata na poça grandemente na semana passada. Depois de ter aguentado as entrevistas técnicas e de achar que andava ali a perder o meu tempo porque se calhar não me imaginava a trabalhar naquela empresa; calha-me uma reunião com o country manager. Saí da sala depois de uma hora e meia de conversa com um senhor do outro mundo. Antes de entrar ali achava que aquela empresa não era para mim, depois já não queria sair de lá. O mau disto tudo: duvido que tenha impressionando tanto o homem como ele me impressionou a mim e questiono seriamente a ideia de vir a ser escolhida para o lugar sobretudo depois de lhe ter perguntado se continuaria a ter vvida própria se fosse trabalhar com ele. O bom: não há.

E pronto, é isto. Nada de especial...

O choro

"Estou grávida de 12 semanas; disse hoje à minha família..." 

Leio isto e começo a chorar; nem quando soube que ia ser tia de verdade chorei. Gosto muito do meu irmão mas os amigos são mesmo a família que podemos escolher, não há dúvida...