terça-feira, novembro 25, 2014

Talking about (re)fresh

Já se anunciava a possibilidade, mas de uma semana para a outra foi passaporte, bilhete na mão e toca de mudar temporariamente de continente. 
Foi com a frase anterior que comecei este post há quase 3 meses atrás, desde então não voltei a abrir o blogger, não porque me tenha faltado vontade de escrever mas porque me faltou vontade de escrever. Não me apetece procurar um sinónimo de vontade para evitar a repetição, fica assim. 
Entretanto regressei e trouxe uma certeza no bolso: vivo do lado certo do oceano Atlântico; mais uma coisinha que um dia terei de agradecer a alguém, talvez aos meus pais ou a um deus qualquer: de todos os lugares horrendos ou estranhos onde podia ter nascido calhou-me aquele bocadinho de terra onde pude crescer com uma vida, digamos, normal.
Foi um refresh em todos os sentidos da palavra. Nunca tinha sentido tanto frio (aquele frio que paralisa), nunca tinha trabalhado num ambiente tão caótico, nunca me fartei tanto de pessoas e das suas smalltalks. Choquei-me de novo com coisas, senti pena genuína por gente que não conheço de lado nenhum. Por outro lado, há muito tempo que não me sentia tão livre a andar sozinha na rua. Tudo novo, diferente, e tanta coisa para ver. 
Anyway, regressei e desde então não sei se ria se chore. Há dias em que só quero um buraco para me meter, ficar lá a vegetar e a pensar, mas não me posso dar ao luxo. Há dias em que não penso em grande coisa, ligo o piloto automático quando me levanto de manhã e assim vou fazendo. Mas todos os dias só quero a minha mãe...

quinta-feira, outubro 23, 2014

Refresh

De vez em quando a vida precisa que se carregue no F5 com força. Pode até não dar resultado nenhum mas, pelo menos, tenta-se e, só de se tentar, por vezes até se consegue alguma coisa. Vamos a isso então, vamos refrescar o que nos rodeia, a cara deste blog, o corte do cabelo, a postura no trabalho e a postura em tudo o resto, vamos ver no que dá. 

sexta-feira, setembro 26, 2014

Done

Depois disto, ter um filho ainda vá, árvores já plantei dezenas, o livro é para esquecer.

PS: consegui casar sem montar um circo e só por isso acho-me a maior. A prova: a exclamação do filho de 7 anos da miúda de calças pretas ali acima: "Mas afinal, quem é que se casa?!"

segunda-feira, abril 28, 2014

Update

Tanta coisa, tanta pressa e tanto barulho em torno de uma coisa que se planeia tão bem em muito menos tempo do que nos querem fazer crer. Com a condição de não querer um circo, claro... Quais vestidos, quintas, fotógrafos marcados com dois anos de antecedência... O fundamental está feito, o resto é para se ir fazendo, tanto quanto possível por nós mesmos, sem stressar. 
De resto continuo gorda, para variar.
À suivre.

quarta-feira, abril 16, 2014

O peso que o peso tem

O que me estava a parecer um jogo de palavras, uma hábil manipulação da língua Portuguesa, uma sucessão de inferência, uma pescada de rabo na boca acabou por me colocar as lágrimas nos olhos. 5 anos depois percebi finalmente o peso que o peso tem na minha vida. 

segunda-feira, março 24, 2014

Voz, som ou ruído ou lá o que é

Como é possível a voz de alguém despertar em mim tantos instintos assassinos? Falo da coisa que sai da boca da senhora que se senta ao meu lado quando o ar vibra através das cordas vocais dela. Irritante, alta, vibrante, irritante, não sei se já referi irritante.

terça-feira, março 18, 2014

A morte não é para velhos

Foi há oito anos que, durante um telefonema de rotina à minha mãe, fiquei a saber que a menina de uma amiga minha tinha morrido. A idade dela ainda se contava em meses mas já andava bem, tinha a sorte de estar a cargo da avó durante o dia e de estar a crescer com os bons ares do campo. Aproveitou uma porta aberta, 20 segundos de distracção, saiu e começou a andar. Depois do pânico inicial veio o terror de encontrar a pequenina afogada num poço doméstico. Ainda hoje não sei como é que aquela avó e aquela mãe recuperaram de uma coisa destas, se é que alguma vez se recupera. Mas a verdade é que, cliché ou não, a vida continua mesmo e passado uns tempos nasceu um menino que hoje tem 7 anos.
Há duas semanas explicaram à mãe a razão das ultimamente frequentes dores de cabeça e da implicação com o barulho: tumor cerebral. Está agora a ser operado.
Eu pergunto: posso praguejar? 

quarta-feira, março 12, 2014

Next steps

Posto o disparate, e a pausa sem razão, apetece-me voltar ao mundo dos normais. Como é meu hábito, tenho uma série de desculpas extremamente válidas para justificar o facto de ter deixado de escrever. Como o interesse de as descrever aqui seria inversamente proporcional ao tempo que demoraria a fazê-lo, vou passar e avançar como se nada fosse.
Vou casar. Não me apetece planear nada por causa do post anterior; por Deus que ninguém me fale em experimentar vestidos ou provar comida. Não tenho absolutamente nada pronto nem reservado, encomendado, apalavrado ou qualquer outra coisa acabada em ado. Mas pelo menos sei uma coisa: não quero um circo.

terça-feira, março 11, 2014

A catarse

Estou gorda que nem uma va*a e nunca hei-de deixar de o ser nesta vida a não ser que vigie todo e qualquer bocado de comida que entre nesta boca. Já estou farta disto; de o pensar, de o sentir, de o ser e de o repetir a mim própria tantas vezes ao dia que parece que já nada há a fazer acerca disso. Quando sei que há, que basta querê-lo e que só não o faço (outra vez) porque sou uma fraca. Ou porque estou a ser fraca ou lá o que é que devo dizer para que as palavras não sejam ainda piores que os meus pensamentos. Tantos anos de psicoterapia já deram alguns frutos, maduros é que eles nunca mais ficam...

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