segunda-feira, março 24, 2014

Voz, som ou ruído ou lá o que é

Como é possível a voz de alguém despertar em mim tantos instintos assassinos? Falo da coisa que sai da boca da senhora que se senta ao meu lado quando o ar vibra através das cordas vocais dela. Irritante, alta, vibrante, irritante, não sei se já referi irritante.

terça-feira, março 18, 2014

A morte não é para velhos

Foi há oito anos que, durante um telefonema de rotina à minha mãe, fiquei a saber que a menina de uma amiga minha tinha morrido. A idade dela ainda se contava em meses mas já andava bem, tinha a sorte de estar a cargo da avó durante o dia e de estar a crescer com os bons ares do campo. Aproveitou uma porta aberta, 20 segundos de distracção, saiu e começou a andar. Depois do pânico inicial veio o terror de encontrar a pequenina afogada num poço doméstico. Ainda hoje não sei como é que aquela avó e aquela mãe recuperaram de uma coisa destas, se é que alguma vez se recupera. Mas a verdade é que, cliché ou não, a vida continua mesmo e passado uns tempos nasceu um menino que hoje tem 7 anos.
Há duas semanas explicaram à mãe a razão das ultimamente frequentes dores de cabeça e da implicação com o barulho: tumor cerebral. Está agora a ser operado.
Eu pergunto: posso praguejar? 

quarta-feira, março 12, 2014

Next steps

Posto o disparate, e a pausa sem razão, apetece-me voltar ao mundo dos normais. Como é meu hábito, tenho uma série de desculpas extremamente válidas para justificar o facto de ter deixado de escrever. Como o interesse de as descrever aqui seria inversamente proporcional ao tempo que demoraria a fazê-lo, vou passar e avançar como se nada fosse.
Vou casar. Não me apetece planear nada por causa do post anterior; por Deus que ninguém me fale em experimentar vestidos ou provar comida. Não tenho absolutamente nada pronto nem reservado, encomendado, apalavrado ou qualquer outra coisa acabada em ado. Mas pelo menos sei uma coisa: não quero um circo.

terça-feira, março 11, 2014

A catarse

Estou gorda que nem uma va*a e nunca hei-de deixar de o ser nesta vida a não ser que vigie todo e qualquer bocado de comida que entre nesta boca. Já estou farta disto; de o pensar, de o sentir, de o ser e de o repetir a mim própria tantas vezes ao dia que parece que já nada há a fazer acerca disso. Quando sei que há, que basta querê-lo e que só não o faço (outra vez) porque sou uma fraca. Ou porque estou a ser fraca ou lá o que é que devo dizer para que as palavras não sejam ainda piores que os meus pensamentos. Tantos anos de psicoterapia já deram alguns frutos, maduros é que eles nunca mais ficam...

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