terça-feira, novembro 25, 2014

Talking about (re)fresh

Já se anunciava a possibilidade, mas de uma semana para a outra foi passaporte, bilhete na mão e toca de mudar temporariamente de continente. 
Foi com a frase anterior que comecei este post há quase 3 meses atrás, desde então não voltei a abrir o blogger, não porque me tenha faltado vontade de escrever mas porque me faltou vontade de escrever. Não me apetece procurar um sinónimo de vontade para evitar a repetição, fica assim. 
Entretanto regressei e trouxe uma certeza no bolso: vivo do lado certo do oceano Atlântico; mais uma coisinha que um dia terei de agradecer a alguém, talvez aos meus pais ou a um deus qualquer: de todos os lugares horrendos ou estranhos onde podia ter nascido calhou-me aquele bocadinho de terra onde pude crescer com uma vida, digamos, normal.
Foi um refresh em todos os sentidos da palavra. Nunca tinha sentido tanto frio (aquele frio que paralisa), nunca tinha trabalhado num ambiente tão caótico, nunca me fartei tanto de pessoas e das suas smalltalks. Choquei-me de novo com coisas, senti pena genuína por gente que não conheço de lado nenhum. Por outro lado, há muito tempo que não me sentia tão livre a andar sozinha na rua. Tudo novo, diferente, e tanta coisa para ver. 
Anyway, regressei e desde então não sei se ria se chore. Há dias em que só quero um buraco para me meter, ficar lá a vegetar e a pensar, mas não me posso dar ao luxo. Há dias em que não penso em grande coisa, ligo o piloto automático quando me levanto de manhã e assim vou fazendo. Mas todos os dias só quero a minha mãe...

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