domingo, dezembro 30, 2012

Hoje

Manifestações, corridas ou, quem sabe um dia destes, desfiles de camelos, há sempre qualquer coisa a acontecer em Lisboa. O que pouca gente sabe é que todas estas coisas têm um objectivo secreto em comum: complicar a vida a quem anda de transportes públicos, ou chatear o indígena como dizia a senhora que estava ao meu lado na paragem do eléctrico. 
Já perdi minutos de vida suficientes irritada com situações destas para continuar a reagir da mesma maneira perante elas, portanto, passados vinte minutos ali à espera sem que nenhum 28 se dignasse a aparecer, decido ir a pé até ao meu destino; sempre é melhor estar em movimento do que ali especada... Ouço uma campainha. Vem um a descer, isto quer dizer circulação reposta; não tarda vem outro a subir e escuso de ir a pé; cinco minutos depois a confirmação e, confesso, fico contente de não ter que subir aquilo tudo. À frente do eléctrico, um carro; à frente do carro, um semáforo e em breve o fim da espera. 
Verde e o carro não arranca. Pragejo; eu e todos os que estão na paragem. O carro descai a cada tentativa de arranque e a mim, cada vez mais me apetece agarrar o fulano pelos colarinhos, arrancá-lo à força do volante, tirar o carro dali e dizer Está a ver? É assim que se faz. Só que não posso, uma menina não faz essas coisas; mas os condutores da Carris podem tentar... Um minuto de conversa com o infeliz e ficamos a saber que o senhor acha que os carros híbridos andam a água; vamos ter que empurrar diz o condutor. Vamos o quê?
E foi assim que, hoje, pelas 19:40, quem passava perto da Igreja de Santa Madalena teve direito a um espectáculo digno dos apanhados: 3 raparigas (uma delas eu), 2 senhoras de uma certa idade, 3 turistas Italianos e um condutor da Carris cheios de força (e vontade de chegar a casa ou a outro sítio qualquer) empurravam um carro cinzento conduzido por um velhote que nem sequer para virar o volante servia. Mal o carro ficou em lugar decente, vai de voltar a correr para o eléctrico. Não fosse ele arrancar sem nós...


sexta-feira, dezembro 28, 2012

O exagero

Abusei claramente das rabanadas. Percebi isso hoje de manhã ao calcular a quantidade de horas que vou ter que caminhar desenfreadamente para compensar tamanha festança. Cerca de 20...
(vou ignorar as filhós e os sonhos, a coisa já está preta o suficiente...)

segunda-feira, dezembro 24, 2012

A noite

Espero que nunca me peçam para definir o Natal, não sei se saberia o que dizer para além dos chavões mais que batidos e pouco sentidos que todos debitam todos os anos. Há uns anos que não sei o que pensar desta noite e do dia que se lhe segue.
Já perdi a conta às linhas que escrevi e que apaguei ao reler, sem que consiga dizer o que penso. O que mais se aproxima é talvez só isto: é tudo tão ridículo... Penso Natal e só consigo ver o lado hipócrita da coisa. Chateia-me, para não dizer enoja-me, o lado das demonstrações exageradas de prosperidade e de felicidade, a generosidade forçada, a obrigação de nos sentirmos felizes e contentes e de aparentarmos uma data de coisas que não somos habitualmente só porque o calendário diz que é dia 24 de Dezembro.
Sei porque é que só vejo isto; é o tal lado 8 ou 80 do meu cérebro desregulado só que desta vez falta o 8 e,  para variar, o 36. Estúpido eu pensar assim quando o 36 é talvez onde se situa toda a minha experiência de vida relativamente a esta época. Estúpido eu pensar assim quando sei que não é tudo assim...

quarta-feira, dezembro 12, 2012

O feeling

Eu sabia que era uma menina!

quarta-feira, dezembro 05, 2012

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