terça-feira, novembro 30, 2010

Podia e devia guardar para mim but who cares...

Pela primeira vez em mais de um ano e meio, engordei. Uma insignificância, dizem. Para mim foi o mesmo que ter enfiado 20kg em cima. Estava pior que estragada no sábado, totalmente em modo stupid bitch depois de ter saído daquele consultório e de ter ouvido o que já ouvi mais de cem vezes, já sei de cor e e que mesmo assim continuo a fazer.
É assim, tudo ou nada, preto ou branco, 0 ou 100, péssimo ou óptimo, os extremos só. Eu sei que não deve ser assim, que devia haver o mais ou menos, a escala toda de cinzentos e mais os cinzentos coloridos, o suficiente, o meio termo. Mas uma coisa é o que eu sei e outra é o que eu sinto. 
Como é que se muda o que se sente?

segunda-feira, novembro 29, 2010

É sempre a mesma coisa.

Ora bolas, acabei de ver ali ao lado que, esta noite, no Maria Matos, há música que eu gostaria de ouvir. Infelizmente está esgotado.

O fim de semana

O frio nunca me impediu de nada, estou habituada a ele, no entanto, este ano, sinto-o de maneira diferente. Entrar na cama é tão terrível como tomar um duche com a botija do gás vazia. Corta-me a respiração por breves momentos, petrifica-me naquela posição em que me ponho, joelhos quase no peito, braços à volta das perna, mãos nos pés. Cada centímetro de lençol conquistado enquanto me estico devagarinho é uma vitória. Sinto frio em todo o lado, eu que não era nada assim; mas será que mudei?
Na rua puxo a gola do casaco o mais para cima que consigo, enrolo o cachecol até me tapar o queixo, enfio o cabelo para dentro e ponho as mãos nos bolsos. Luvas ainda não, não exageremos. No sábado caminhei assim um bom bocado, a ver tudo e nada ao mesmo tempo, admirada com a quantidade de gente que andava entre a baixa e o Chiado, os seus ares de É Natal, estamos contentes, não sabemos bem porquê mas diz que é suposto. Se lhes pudesse perguntar porque andam assim, a maior parte não me responderia nada de jeito. Acho que compreendo. Talvez eu procure significado a mais nas coisas, se calhar é assim porque sim, e então? Não se podem fazer coisas só por fazer, porque todos fazem e porque não convém sair fora da norma? Posto assim já não me soa tão bem, não... Se calhar eu até tenho razão. Já não sei. Vamos esquecer isto. As pessoas fazem-me confusão e pronto, ponto final parágrafo.
Compras não fiz, à excepção de um cachecol para mim, cópia fiel do que perdi no ano passado e que já tinha há mais de dez anos, a mesma cor e feitio, exactamente igual, ainda bem que aquele tom voltou à loja. Não viveu tudo o que o outro viveu, não cheira ao que o outro cheirava mas, hoje de manhã, gostei de abrir a gaveta e de o ver lá à minha disposição, fazia-me falta.
Ah, ontem comprei uma árvore de Natal. Sou o cúmulo da coerência, eu sei. Depois pergunto-me porquê...

sexta-feira, novembro 26, 2010

Why should I give a damn?

Acabo de sair de uma reunião em que a única coisa que me apeteceu foi pregar um valente pontapé no traseiro de uns colegas que não se mexem para lado nenhum. Ne-nhum! Esta gente está com a corda ao pescoço e dá-se ao luxo de se manter passiva, assim não há suporte que lhes valha e, sendo assim, o que raio estou eu ali a fazer? Um milagre é que não.
Já estou como o outro; francamente, porque raio é que eu me ralo? Porque é que eu hei-de fazer um esforço  para puxar as coisas para diante quando os próprios interessados não estão dispostos a por um pé à frente do outro para andar? Eu sei porque é que o faço, só não sei porque é que sinto que devia fazer mais.

Uma boa combinação

Uma voz que me mata a cantar palavras de outro que me encanta.
Be careful darling you migth fall 
 

As bebidas

Logo num dia como o de hoje é que me havia de dar para vir com as pernas ao léu. Está frio, não tão frio como o mais frio que já senti mas um gelo mesmo assim. Segundo a minha mãe, quando este tempo está para vir, há um passarinho que aparece e canta como se fosse o anunciador do inverno, ela diz que ele canta como quem diz friiiiiio, friiiiiio, friiiiiio. Ainda ontem à noite, quando lhe liguei, ela me veio com esta conversa, que já ouviu o passarinho. Acho engraçado; no ano em que ela não falar disso é porque há algum problema com ela...
É nestas alturas que as bebidas quentes melhor me sabem, em particular o chá. O café é diferente, o café é uma necessidade; o chá é um prazer. Começa no sabor em si, passa pelo cheiro e vai até à beleza das embalagens, gosto disso tudo. Não mentiria se dissesse que já comprei alguns chás só porque a caixa tinha graça, sim pode ser estúpido, eu sei. É rara a viagem que faça e não traga um diferente para casa, é raro o dia de trabalho que não tenha por companhia umas quantas chávenas como é rara a gaveta que me pertença que não tenha uns quantos pacotinhos. É uma prenda que me agrada sempre, é algo que gosto de oferecer e é um óptimo pretexto para chamar os amigos a casa. 
Hoje já bebi uma chávena de maçã e canela, mas tenho aqui ao meu lado duas infusões de frutos, um pacotinho de chá dos Açores e um de chá de menta biológico, todos em lista de espera. Bom, bom, era ir buscar umas folhas de cidreira e hortelã ao quintal mas isso fica para os fins de semana em "casa".

quinta-feira, novembro 25, 2010

Mixed feelings

Já tens agenda para 2011? 
Já, porquê? 
Então já lá marcaste 2 semanas para ires ter comigo, certo? 
Não me digas mais nada, quando é que vais? 
Dia 26. 
De Janeiro?! 
Não... de Dezembro...

Fico contente mas estou triste.
É menos uma com quem vou poder contar fisicamente embora saiba que, de resto, nada muda. Só passamos a estar a 2500km de distância. E viva a Internet, vivam as telecomunicações; quer dizer, ao fim e ao cabo, viva eu que contribuo para que isto tudo exista. Ah, vivam também as companhias aéreas, claro; e que se lixe a minha pegada ecológica e a minha conta bancária... Saudades é que não.

segunda-feira, novembro 22, 2010

Ontem

Nada como uma ida ao meu sítio do costume para acalmar um bocadinho os ânimos malucos dos últimos dias. Gosto do CCB, do sítio em si, de deambular pelas lojas, pelas salas e corredores, do café de lá, do ambiente, mesmo agora que não dá para estender a manta na relva e dormir a sesta à sombra das oliveiras. 
Ia almoçar na Commenda mas, pela segunda vez em pouco tempo, retraí-me à entrada. Too much, pareceu-me, tal qual como da outra vez, acho que não volto a tentar tão cedo. Optei por algo mais simples e fiz bem, é muito mais eu.
Depois de um escorrer de baba no CPS, de uma passagem pela Trienal de Arquitectura e de uma vista de olhos pela exposição Paradise Motel que valeu uma bela discussão à qual daria o título: Modern Art = I could do that + Yeah, but you didn't!; passei pela papelaria e saí de lá com um saco e com um vou voltar a pintar na cabeça. Já no dia antes tinha passado umas horas a comer livros na Bertrand e a pensar seriamente em fazer uns rabiscos. 
Penso demais e faço demenos, tenho que acabar com isto...

sábado, novembro 20, 2010

Ontem à noite

Rebentei.
O cansaço a mais, a minha crónica falta de paciência, a minha característica intolerância a tudo e mais alguma coisa, a pura demonstração do meu eu, afinal; tudo isto falou muito mais alto que o barulho pretexto do meu incómodo. Eu tento não ser isto todos os dias, ontem não consegui. O melhor foi mesmo eu ficar só comigo e resolver isto, ou não, de uma maneira qualquer.
Foi uma soma. Foi uma merda.
Mas hoje já passou.
Acho eu.

sexta-feira, novembro 19, 2010

{news}

Acho que estou a ficar doente... É tão bom, logo agora que vem aí o fim de semana...

quinta-feira, novembro 18, 2010

As lembraças

Há coisas às quais eu acho graça porque me fazem lembrar coisas que em tempos ouvi como conselho ou como aviso ou que só ouvi, ponto final, e por qualquer motivo registei na cabeça. Um delas aconteceu no outro dia; era uma senhora que pela manhã, ali pelos lados do Conde Redondo, ia a entrar numa pastelaria com duas miúdas. Ia a fumar, as miúdas entraram e ela demorou-se só para acabar o cigarro. Eu estava parada no semáforo, tinha tempo de sobra para divagar. Internem-me mas olhei-lhe para os pés e reconheci os sapatos, apostava um dedo que saíram de uma loja qualquer naquela avenida que sobe para o Marquês. Logo, logo a seguir o meu olhar subiu mais um pouco e os cantos da minha boca distenderam-se ligeiramente ao mesmo tempo que a minha cabeça começou a abanar; assim como quem quer dizer tsss, tsss, tsss... A saia da senhora, preta e ajustada a bater nos joelhos, tinha mais de metade da bainha descosida à frente e atrás. A mim, aquilo soou-me a uma nota completamente fora de sítio. Era impossível não reparar. De que valem uns sapatos daqueles coroados duma saia daquelas?
A minha mãe sempre me disse que os sapatos certos são capazes de fazer brilhar o conjunto mais simples mas acho que não se referia a isto. Tenho que lhe perguntar.

terça-feira, novembro 16, 2010

A bola

Esta era a bola de pêlo que eu queria adoptar mas parece que vai fazer as alegrias de outra pessoa... É amoroso todos os dias, fofo até não poder mais, tenho muita pena mas, de facto, não posso mesmo tê-lo cá comigo...
Falando em bola, amanhã vou àquele estádio vermelho e cinzento ver 22 marmanjos a correr atrás de uma. Esperemos que valha o dinheiro do bilhete.

segunda-feira, novembro 15, 2010

Hoje

Este dia passou-se aos saltinhos entre salas de espera, em tempo perdido sentada (em salas de epera), em minutos gastos a observar pessoas (sentadas em salas de espera) e pouco mais. Podemos somar a isto uma viagem de comboio de manhã e outra que decorre enquanto vou escrevendo e temos o panorama completo do dia extremamente produtivo que tive hoje. A certa altura pedi que me explicassem o que é que eu estava ali a fazer. Estás a manter-me calma. Toma, já sabias que era melhor estares calada... Assim me mantive até dizermos adeus uma à outra no cais da linha 1, sem dizer mais disparates. Ela foi para cima, eu vim para baixo. Ela deve ir a dormir, eu vou aqui a escrever e a olhar para as pessoas que vão nos outros bancos. Vou num daqueles lugares de quatro mesmo no meio da carruagem de costas para o sentido do movimento. Não me podia ter calhado pior lugar, nem que tentasse.
À minha frente vai uma miúda entre o sono e a vigília, os olhos dela não sabem se hão-de estar abertos ou fechados, aquilo é uma luta terrível, já passei por isso, se tivesse que apostar o meu dinheiro apostava que vão acabar por se fechar. Tal e qual como me disse a minha psi, que apostava o dinheiro todo dela sem pestanejar em como uma coisa iria acontecer caso eu passasse um determinado limite (não vou passar, se isso acontecer internem-me).
Do outro lado da coxia vão dois rapazes. A antítese um do outro agora que reparo: um careca o outro com uma juba de caracóis, um sem barba outro com ela farta, um com óculos de sol da moda outro com pestanas maiores que as minhas. Vão os dois a dormir, ambos de boca aberta, ambos de braços cruzados e, daqui a nada, ambos com baba no queixo. Agora só já sobra um porque, enquanto re-lia o que está para trás, o cabeludo saíu. A substituí-lo está uma loira de unhas rosa fluorescente e aquele que suponho ser namorado dela, com ares de virem do Leste e a falarem a condizer com esse ar. Ele não é esperto; em vez de ir com a mão em cima da perna dela vai com a mão em cima da perna dele.
De resto não se passa nada. E ainda tenho que aguentar mais uma hora disto...

domingo, novembro 14, 2010

Reminder

Da próxima vez que estiveres com a neura e te lembrares de pintar as unhas ao mesmo tempo que passas a ferro e vês um filme, escolhe uma cor mais fácil que a Paradoxal. Ou então vai dormir.

Hoje

É domingo à noite, passa das nove e não estou em Lisboa. Mas era o que queria. A minha casa, mais precisamente o meu sofá, a minha manta e silêncio para ouvir a chuva a cair na beira da janela. Aborrecer-me do livro que me faz companhia e, a dada altura, abrir o armário e tirar de lá qualquer coisa em que mexer.
Sentar-me no chão com papéis espalhados, gesso e uma trincha pequena, como quando preparava as aulas das semanas seguintes. Se me desse na telha misturava algum óleo com terebentina e apertava uns tubos contra a paleta que anda para lá guardada num armário. Esfregava os pincéis untados de óleo e cor numa tela que anda para lá perdida, tentava passar a embrulhada que tenho na cabeça para lá, perdia tempo a olhar e a pensar, no fim achava tudo uma grande porcaria e arrumava a tralha. Esta tentativa iria parar onde pararam as outras: primeiro deixava secar, depois arquivava. Nunca consigo passar nada de jeito da cabeça para as mãos e destas para a ponta do pincel; bem, não é de admirar visto que também não consigo fazê-lo da cabeça para a boca. Depois olhava para o relógio, já passaria da uma da manhã e iria dormir após ter escovado os dentes e posto creme na cara, só mesmo por descargo de consciência que o tempo há de passar e deixar as suas marcas no matter what. Por acaso discuti isto na última consulta, envelhecer, pfffff, e então? não posso fazer nada contra isso, é uma coisa que não posso controlar. Sim, que na minha vida tudo gira à volta do controlo, daquele que exerço a mais e daquele que não tenho sobre o que devia ter. Bom, isto foi só um aparte; adiante.
Acho que continuo tal qual como era, se mudei foi só à superfície, quando deixar as drogas volto a ser aquela que não gosto de ser. Tudo muda e nada muda. Continuo sem entender o que me  falta, o que me tráz assim meia insatisfeita, meia resignada, meia em stand-by. Há dias em que não penso tanto nisto, outros então em que é demais. Isto já mete nojo.
Amanhã volto a casa...

sábado, novembro 13, 2010

Dar

Vem aí o que aí vem, só já se pensa no que toda a gente sabe e isso, a mim, enerva-me e deixa-me mais uma vez às voltas com o que sinto. 
Custa-me receber. Soa-me a obrigação, ao tinha que ser, cheira-me demasiadas vezes a frete que se tem que fazer ano após ano nas mesmas alturas. Normalmente, quanto mais cara é a coisa oferecida pior, sinto-me num processo de compra em que sou o alvo; é o que dá ser maltratada durante anos mas disto ninguém tem culpa, só eu. Sei que não é assim com toda a gente mas também sei que é assim com muitas outras, inclusivé comigo, aqui me confesso, eu a pecadora que se sente por vezes compelida a oferecer prendas a certas pessoas em determinados momentos porque, se não o fizesse, pareceria mal. Normalmente esta voz da razão (?) vem de fora que eu, por mim, estou-me bem nas tintas; o problema é que depois de ouvir a vozinha fico a sentir-me mal. E se esta minha percepção é estúpida, e se não é nada assim, e se estou a ver monstros onde não os há?
Gosto de dar pelo prazer de dar mas não porque se espera que eu dê. Quanto mais me parece que a outra pessoa espera algo de mim, mais chato se torna para mim oferecer seja o que for. Não sei explicar isto de outra maneira. Fizeram-me assim.
Se tiro pouco partido do que me oferecem por me passarem estas tretas pela cabeça? Tiro. Lá no fundo, não é que não goste mesmo de receber prendas, até gosto, parece-me sobretudo que depende de quem dá. Porque de pessoas verdadeiras posso até receber uma sms, caixas que fazem o barulho de vacas,  folhas de jornal de há 30 anos, 9 meses e 10 dias ou rolos de papel higiénico que me cai de certeza melhor que qualquer jóia.

sexta-feira, novembro 12, 2010

Os sapatos

Morro por uns sapatos vermelhos que ando a espiar há semanas mas neste momento penso no dia de ontem,  passado de sapatilhas (ou ténis vá), a caminhar num matagal em Sintra. Aquilo sim foi o reviver das saídas que fazia há 20 e qualquer coisa anos. Foi mais que bom.
Morro pelos estúpidos dos sapatos e, no entanto, ontem, depois de muito pensar, optei por não calçar uns muito parecidos para sair ao fim da tarde. Escolhi a segurança de uns rasos mas queria ter enfiado os outros, foram-se-me os olhos por eles. Os outros faziam-me sentir bem, as bailarinas fizeram-me sentir confortável. 
São escolhas.
Compro ou não?


quinta-feira, novembro 11, 2010

Mine Vaganti

Vi o filme ontem, adorei, ri, pensei e fiquei com esta música na cabeça. Adoro que o M. me cumprimente com um Ciao Bella, um abraço e um beijo, como só os Italianos sabem julgo eu. Pensei nele o filme inteiro, se já o terá ido ver e a rica conversa que isto vai dar a próxima vez que nos virmos.

quarta-feira, novembro 10, 2010

{enorme suspiro...}

No domingo, uma coisa qualquer mordeu-me perto do olho e ando a dormir pouco e mal de novo. Na segunda-feira perguntaram-me o que tinha e ontem disseram-me para avisar quem de direito que "... na cara não, nota-se. Diz-lhe que as listas telefónicas não deixam tantas marcas". Na dúvida se havia de rir ou chorar optei pela primeira e acompanhei de uma ameaça verbal. Ontem maquilhei-me e hoje também, parece melhor; o que não melhorou foi a tendência assassina que tenho vis-à-vis da minha vizinha de baixo.
Ontem perguntaram-me se me podia dividir em duas mas o que queriam mesmo dizer era se me podia multiplicar por duas o que, bem vistas as coisas, é diferente. Não se trata de manter a mesma carga de trabalho e de dividir a atenção por dois projectos mas sim de duplicar a carga de trabalho e de consagrar a mesma atenção a cada um deles. Ou esta gente não se explica ou eu complico tudo. 
Ok... Talvez eu complique um pouco. Mas isto tudo também não melhora a tendência assassina que tenho vis-à-vis da minha chefia.
O que eu preciso é de férias e Barcelona ainda está tão longe...

sexta-feira, novembro 05, 2010

Do outro lado do espelho

Não sei o que é pior, se ouvir a minha voz gravada ou se ver fotografias minhas. Nunca me reconheço, ou não me quero reconhecer, nunca acho que sou eu. Um dia gostava de entender porquê.
Se telefonasse para mim própria acho que teria que perguntar Quem fala? todas as vezes. A resposta seria sempre Tu, sua mentecapta, tu... Já me aconteceu ficar a pensar na maneira como soam as minhas palavras, às vezes é estranho, podia jurar que o som saiu de outra garganta. Não sei a minha voz de cor, parece-me que não é com aquele tom que falo comigo própria.
A única evidência que há de mim enquanto gorda são as fotografias (para além da memória dos meus amigos e de uma ou outra estria). Na minha cabeça sempre fui como tinha sido até mudar; agora que estou  mais ou menos normal de novo, continuo a ver-me gorda porque ainda não estou bem como sempre fui. Na minha cabeça é que já não sei bem como sou. Quando sonho comigo vejo-me sempre normal, isso quer dizer alguma coisa? Não há espelhos em minha casa (o da casa de banho não conta, não o consigo tirar), será que é normal?
Pois é, eu sei, isto é cansativo, já chateia e já não há paciência, eu sinto o mesmo. Por outro lado e um pouco contraditoriamente, ando estranhamente bem, diria até leve.

quinta-feira, novembro 04, 2010

Saída de campo

Por aqui isto significa irmos-nos todos enfiar numa sala enorme e ficarmos a ouvir uns senhores e umas senhoras falar acerca de quão afortunados somos por trabalhar com (para) eles. Vai ser um exercício mental intenso, sobretudo para não adormecer. Sei que vou chegar a casa cansada e desiludida porque podia ter aproveitado muito melhor a tarde a apenas uns passos dali, à beira rio, do outro lado da estrada.
Quando era miúda, significava calçar botas de borracha, vestir um casacão e ir de passador em punho para a floresta apanhar girinos para meter num frasco. Acho que até já disse isto. Era exercício físico intenso, chegava a casa cansada, orgulhosa por levar marrons nos bolsos pensando que era castanhas.
Pronto, é triste.

quarta-feira, novembro 03, 2010

I miss this place in Fall...

O "meu" Englisher Garten e a minha bicicleta de 25 euros para ir até lá...

terça-feira, novembro 02, 2010

Ça sert à ça l'amour...

A minha banda sonora de hoje...


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