quarta-feira, agosto 09, 2017

Sei lá...

Vinha aqui escrever qualquer coisa acerca das tangas que ouço e leio sobre das maravilhas da maternidade mas não me sai nada de jeito. Se já antes tinha pouca paciência para esse tipo de assuntos, a verdade é que agora isso me põe completamente fora de mim e os olhos já nem reviram: dão logo umas quantas voltas nas órbitas. 
Mais verdade ainda é que, hoje em dia, qualquer coisa basta para me pôr fora de mim, para me fazer saltar a tampa, para me pôr a ferver. Quanto a isto tenho a agradeçer a esta bendita depressão que se voltou a apoderar de mim nos últimos meses e que mina a minha vida e da dos que me rodeiam de mais perto.
Outra verdade é que ser mãe é das tarefas mais difíceis que já me dei a fazer e que, como sempre, tendo a duvidar que seja capaz de a levar até ao fim com a perfeição (ahahah...) que desejo. É um teste a mim própria, à minha falta de paciência, de resiliência, de tudo. O problema é que para este exame não há época normal em que dá para desistir se a coisa não corre bem nem época especial em que se pode fazer melhoria. O que faço está feito mas o mais frustrante é que nem sempre (mais quase nunca...) o resultado da equação seja o cômputo dos valores que escolhi para as variáveis. E ainda só vamos com seis meses disto...

terça-feira, julho 11, 2017

Tudo sobre a minha mãe

Em 2017 fui mãe e perdi a minha mãe. O universo ficou equilibrado, mais um menos um dá zero, e eu perdi o equilíbrio sem o poder mostrar nem de facto perder.
Durante cerca de 5 meses as vidas delas cruzaram-se; se formos ver foi uma sorte porque podia nem sequer ter acontecido e foi do que mais tive medo o tempo todo. Ainda assim, e não esqueço o dia em que lha levei pela primeira vez, sei que um dos maiores desgostos da minha mãe, e meu, foi nunca ter visto a neta com os olhos. Tocou-lhe, pegou-lhe, beijou-a, ouviu-a, cheirou-a, falou-lhe mas nunca a viu. Às vezes acho que a minha mãe continuou a viver para além do que era expectável para conhecer a M C e que, feito isso, missão cumprida, pensou que já podia ir. Mas e eu? A quem telefono todas as manhãs agora? A quem telefono a toda a hora agora? E a quem conto que a miúda passou na inspecção dos 6 meses; que já come sopa e fruta quase sempre de boca aberta e que continua a não querer dormir sestas nem que lhe paguem? Quem é que me dá colo a mim? 
Choro pela primeira vez quase passado um mês; já achava que nunca mais ia chorar, que só já era capaz de me enfurecer. Afinal não. 
Que doença estúpida; já era tempo de lhe darem a volta...


sexta-feira, julho 08, 2016

Expecting

A cruzar os dedos por uma XX enquanto o marido pede a todos os santinhos um XY...

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