terça-feira, março 18, 2014

A morte não é para velhos

Foi há oito anos que, durante um telefonema de rotina à minha mãe, fiquei a saber que a menina de uma amiga minha tinha morrido. A idade dela ainda se contava em meses mas já andava bem, tinha a sorte de estar a cargo da avó durante o dia e de estar a crescer com os bons ares do campo. Aproveitou uma porta aberta, 20 segundos de distracção, saiu e começou a andar. Depois do pânico inicial veio o terror de encontrar a pequenina afogada num poço doméstico. Ainda hoje não sei como é que aquela avó e aquela mãe recuperaram de uma coisa destas, se é que alguma vez se recupera. Mas a verdade é que, cliché ou não, a vida continua mesmo e passado uns tempos nasceu um menino que hoje tem 7 anos.
Há duas semanas explicaram à mãe a razão das ultimamente frequentes dores de cabeça e da implicação com o barulho: tumor cerebral. Está agora a ser operado.
Eu pergunto: posso praguejar? 

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