segunda-feira, setembro 12, 2011

O interregno

Fiz uma pausa no descanso e voltei a Lisboa para honrar compromissos e tratar de deveres.
O compromisso tinha que ser e os deveres tinham mesmo que ser feitos sob pena de ser multada na estrada e de um dia ficar mesmo enrrascada à conta das trocas e baldrocas que tenho andado a engendrar com as minhas contas. Banco, nada a dizer; loja do cidadão, idem; quase custa a acreditar.
A uma hora do compromisso, telefone.
Peço imensa desculpa mas o senhor doutor vai sair agora para uma consulta, seria possível adiarmos para amanhã ás 15?, ai o caneco, então mas venho a Lisboa principalmente por causa desta consulta e agora isto? Que não, porque não vou estar em Lisboa, se podemos marcar para a semana? Então, talvez lhe consiga uma hora esta sexta-feira? Peço desculpa, talvez não tenha percebido, esta semana é-me impossível, não estarei em Lisboa, agradecia imenso se pudesse remarcar para a semana (bolas, acho que nunca pedinchei tanto para pagar 90€ por 15 minutos de consulta). Pois (adoro esta palavra, serve para tudo), sendo assim tenho que ver na agenda do senhor doutor, ligo-lhe para a semana para remarcarmos, sim? Óptimo, que muito obrigada (pois lá terá que ser...). Podia facilmente começar a ladaínha do não há respeito pelas pessoas, este médicos põem e dispõem, e as pessoas que trabalham?, mas não, verdade que não, muito provavelmente teve uma urgência no hospital e teve que fugir, ele salva vidas, tenho que respeitar.
Livre de compromissos? Fúria consumista em acção. Ao fim de 3 anos, estoirei finalmente as minhas sabrinas? Preciso de umas novas. Uma voltinha, duas experimentadelas obviamente o mercado estava mais que sondado, I. feliz e contente com sapatos no saco. Devia ter findado as voltas por ali mas deu-me para atravessar a estrada; é claro que bastaram 5 minutos para que me fizessem notar que o mercado estava mal sondado... Para a próxima, não há compromissos? vou para casa.

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