terça-feira, junho 12, 2012

Mais do mesmo

Este ano está estranho; aumenta a vontade de muita coisa mas falta-me a vontade para quase tudo; sei muito bem o que não serve para mim mas não exactamente o que quero e isto tudo misturado dá um nó tremendo na minha cabeça. Vejo, leio e ouço coisas que me deixam a pensar muito mais do que devia, especialmente pela pouca importância que têm para mim e que me parece que deviam ter no geral, mas não deixo de pensar quem é que raio eu penso que sou que agora sei melhor que os outros o que eles devem pensar dizer ou fazer. É a indignação de quem vê reduzido o seu plafond de troca de carro que já não dá para o BMW serie 5 da praxe, é o não-sei-que-lhe-chame de quem teima numa dieta e faz questão de o proclamar quando já está mais do que magra, é uma data de outras coisas que não devem grande coisa à lógica e com as quais eu não tenho nada a ver. Mas então porque é que me importo? Lá está, não sei. Uns dirão que é porque não tenho mais que fazer, eu digo pensem o que quiserem que eu não sei o que pensar. 
Voltando ao que interessa; estou de férias. Com metade da cabeça no trabalho que deixei por fazer, é certo, mas de férias na mesma. Já estamos em Junho e ainda não desarquivei a roupa de verão, tão pouco começei o quadro que tenho prometido, nem abri a época da manta e dos fins de tarde de fim de semana nos jardins. Falámos disso ao atravessar a Estrela no sábado e ao passar por Monsanto no domingo mas não estávamos preparados. Faltava mesmo o essencial, a própria da manta... A roupa, essa, sai hoje das catacumbas, o cavalete saíu ontem das profundezas e eu tenho vontade de sair hoje de casa com o vestido que comprei ante-ontem com a supervisão do namorado mais paciente do mundo. Assim sendo, temo que a roupa e os pincéis fiquem para amanhã.


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