segunda-feira, março 26, 2012

A tarde

tem outro sabor se acabar num jardim. Para mim, são estas pequenas coisas que fazem um dia valer a pena e o quanto basta para me sentir muito melhor.
Pena não poderem ser todos assim. Ou podem?

sábado, março 24, 2012

Em suma

A uma semana de abusos segue-se um fim de semana de abusos, mas isto acaba, ai se acaba ou não me chamo eu. Desde almoços coroados de gelado do Santini, bolo rançoso e bolo de cenoura, houve de tudo estes dias, qual Natal, Carnaval e Páscoa condensados. Às 7 da manhã dos dias de caminhada a preguicite também falou mais alto, em parte ajudada pelo menino da almofada do lado e os seus argumentos extremamente persuasivos de só mais um bocadinho e de aqui está mais quentinho.
Se quiser arranjar desculpas, há milhentas; e Deus sabe o meu talento para arranjar bodes expiatórios a torto e a direito, nem que seja eu própria, mas não vou fazê-lo. Sim, que as sessões de psicoterapia algum dia haviam de dar frutos... Vou antes voltar ao eixo. Só.
No campo das novidades, a rúcula está semeada, para a semana vou plantar os morangueiros e tenho uma entrevista de emprego marcada para segunda.

quarta-feira, março 21, 2012

Ela

Incrível o que o tempo não faz a uma pessoa; falava-lhe se a visse na rua, tens os mesmos olhos, as mesmas feições, o mesmo ar doce e a mesma voz meiga.Incrível também termos falado tanto, sobre nós e as nossas vidas e sobre o que esperamos delas.
Entre uma esplanada e outra passou-se uma tarde fantástica em que, por uns momentos, também eu soube o que é ter uma amiga de infância e recordar os bons velhos tempos. Não pensei que isto me fosse acontecer...

terça-feira, março 20, 2012

Blind date

É o que me ocorre quando penso em ir encontrar-me com ela daqui a pouco. Tirem-lhe a nota romântica, tirem-lhe também a parte de eu conhecer a pessoa em questão e é isso, um blind date. Não a vejo há tanto tempo que é como se a fosse conhecer pela primeira vez. Não sei como a cumprimentar, não sei sobre o que vamos falar, não sei o que ainda podemos ter em comum. Falei com ela pela última vez, pelo menos de viva voz, há 22 anos.
Deve ser a pessoa que mais encaixa na minha gaveta de "amiga de infância";  vivemos na mesma rua, brincávamos e desenhávamos juntas, a Collette foi a nossa educadora, a Madame Bernadette a nossa professora nos dois primeiros anos, a seguir a Madame Gotielb e por fim, nos últimos dois anos, a Madame Metayer. Enquanto eu andava na ginástica, ela ia ao ballet. Entretanto vim embora e as cartas e os postais não resistiram ao passar dos anos como é normal.
E depois? Depois veio o facebook, as procuras, os encontros e agora o Octopus, que a trouxe até Lisboa.
Daqui a nada vou ter com ela.

quarta-feira, março 14, 2012

SNR

O barulho continua a conseguir despertar os instintos assassinos que há em mim; há desses instintos em mim sim, assustam-me a sério quando se manifestam, penso que também assustam quem dorme ao meu lado.
Fico tão irritada, tão cega, tão "tão" com o ruído que não me deixa dormir que não penso em mais nada, só na maneira mais eficaz de acabar com ele. Desde descer ao piso de baixo e pedir educadamente que desliguem a televisão porque já é quase 1 da manhã; arranjar um daqueles comandos que desliga a televisão dos outros; cortar o fio da antena do prédio inteiro; matar os moradores do apartamento de baixo; oferecer-lhes uns phones wireless; aconselhá-los a usar um aparelho auditivo; já pensei em tudo. Ontem, aliás hoje, estive mais virada para a solução definitiva.

terça-feira, março 13, 2012

Nunca pensei

Eu. 7 da madrugada, sapatilhas nos pés, traseiro na rua.
Ou estou mudada ou é só aquela pica inicial. Como foi só a primeira vez que isto aconteceu, tendo mais a achar que é o entusiasmo de principiante...

domingo, março 11, 2012

Hoje

O resultado da pesagem foi difícil de engolir: mesmo peso, mais centímetros. Se por si só o mesmo peso já podia ser mau, acompanhado de centímetros a mais é o caos.
Já não tenho vinte anos, há que começar a mexer o traseiro ou, daqui a uns anos, é ele que se mexe por mim. 45 min por dia. E durante os próximos tempos vamos evitar os extras. Entendida no assunto dixit; não eu.
Resultado da esfrega abaixo, 9 da matina. Vamos ver se é para manter.

quinta-feira, março 08, 2012

Há 25 anos

Estava morta de cansaço mas extremamente contente. Estava em classe de neige, aulas de manhã, ski à tarde e em vias de chocar uma monstruosa amigdalite que me arrumou na enfermaria durante 3 dias. Lembrei-me, o que é que se há-de fazer.
Hoje, estou morta de cansaço e não sei definir se estou contente. Estive no escritório-barra-laboratório, de manhã e de tarde, a trabalhar. Não estou a chocar nada nem choquei com ninguém... Pouca coisa me choca hoje em dia. Daqui a nada vou jantar com as meninas.
Afinal estou contente: amanhã não vou trabalhar. Estou velha... eu sei, é um cliché, mas estou mesmo crescida.
Era só isto.

quarta-feira, março 07, 2012

Ontem

O jantar que se queria um tête-à-tête com o protagonismo na tête sentada à minha frente, acabou quase por se tornar um jantar centrado na pessoa sentada na mesa de trás. Nem mais nem menos o senhor que costuma patrocinar, em parte, o motivo das minhas visitas tão frequentes ao CCB. E que pelos vistos vai deixar de o fazer.
Cumprimentou-nos quando entrámos; restaurante quase vazio, como gosto. Sushi muito bom, escondido numa travessa da cidade; ele esperava por companhia, nós sentámo-nos. Espantou-me pelo terra-a-terrismo e pela simpatia das conversas, também pelos gritos enquanto a bola se passeava no ecrã e no final com a despedida.
Chegados a casa, entro, acendo a vela que entretanto espetei no micro-bolo (10cm de diâmetro?) comprado à pressa mas com muito amor depois de ter saído do trabalho e que me acompanhou na mala o tempo todo; ele chega de arrumar o carro e ao abrir a porta começo a cantar.
Não sou a Marylin mas foi o que se arranjou. Parabéns...

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