terça-feira, agosto 23, 2011

Declutter, os armários e a cabeça

Fazer simples é complicado. Perceber o que e quanto me chega disto e daquilo, o que preciso realmente e a diferença entre isso e o que quero porque quero ou simplesmente o que me apetece porque sim,  é mais que complicado, é um desafio. 
Há coisas das quais não sinto falta nenhuma, em que nem sequer penso. Vivo sem carro, o que só por si faz impressão a muita gente. Só tenho 4 canais de televisão o que, curiosamente, ainda faz mais impressão a alguns, bastando, para os deixar loucos, que lhes diga que pondero até desfazer-me do aparelho quando entrarmos de vez no digital. Tento ter o mínimo de tralha em casa, móveis, papéis, dou a volta às gavetas periodicamente e gostava de ser capaz de o fazer mais vezes ao armário. Por muito amante de trapos que seja, penso muitas vezes se de facto ter aquele a mais vale a pena, prefiro ter em qualidade. Esta história é apenas uma tentativa de não complicar tanto a minha vida no dia a dia. Não serve para toda a gente ou sequer tem que servir, é uma opção.
Como nem tudo são rosas, nem eu sou santa nem tão pouco fiz nenhum voto de espartanismo, lá me vou descaindo de vez em quando e só quando olho para a quantidade de tal ou tal coisa é que levanto o sinal de stop. Aconteceu no outro dia com vernizes; enough. O importante aqui, parece-me, é conseguir levar esta atitude avante de forma tranquila, não ser rígida demais nem a partir daqui arranjar mais chatices a mim própria. To-do lists e to-be behaviors por cumprir já tenho que bastem, obrigada.
O que tenho notado nesta never ending story é que é bem mais fácil desbastar a porcaria das operações do dia a dia e lá de casa do que a da cabeça. Pôr de lado certos pensamentos, deixar de me preocupar com o que não consigo controlar e ser mais assertiva, para já só em sonhos.
Bom, mas suponho que é preciso começar por algum lado...

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