terça-feira, agosto 16, 2011

A guerra

Gostava de ter um gatinho. 
Acontece que há quem me queira dar um. 
E assim se junta a fome com a vontade de comer. 
Persa, bebé, que eu posso acompanhar toda a vida como acompanhei  parte da da minha gata que com muita pena tive que deixar em casa dos meus pais. Teria sido uma crueldade levar um animal habituado à largueza e à liberdade para um apartamento; sujeitá-lo a viagens periódicas em caixas, mudar-lhe a vida toda por um capricho meu. Não faria isso a quem quer que seja, quanto mais a ela. Mas agora é diferente, é a oportunidade de começar uma relação do zero, cartas na mesa e responsabilidade total (se bem que não consigo evitar de pensar que me preparo para colocar um newcomer no lugar da minha Chaneca e se isso não será alta traição). Por outro lado é também a oportunidade de avaliar o meu estilo de vida e ver se há espaço para um animal na minha vida; uma coisa é querer, outra é poder.
Acontece que a minha mãe é contra. Pois...
Acontece também que a minha mãe se esqueceu que tenho 31 anos. E que tenho casa própria, ou do banco, whatever, e uma cabeça que costumo usar para mais coisas que pôr ganchos, a versão menos chique das barretes, e elásticos. Como pensar, por exemplo. Ou decidir a minha vida; sei lá.
Temos guerra aberta.
Falta-me declará-la.

0 comentários:

Blogger templates