segunda-feira, março 21, 2011

O som

Tenho o telemóvel desligado desde sexta e gosto. 
Sobretudo de não ter que me preocupar com ele, de não andar à procura daquilo, de não ter que me lembrar de o ter ao alcance da mão e do ouvido, de não ter que ligar, de não ter que atender; sobretudo de não ter que nada. Gosto da sensação de não andar ao mando daquele som. E da leveza de saber que quando ouço um toque igual ao meu, não é para mim. A ditadura do toque é quase uma constante na minha vida; o do recreio, o de voltar para a sala, o do início da música, o da campaínha de casa, o do ponto, o do telemóvel; quantos instrumentos de controlo mais é que vão inventar...
No fundo, o que não gosto nele é da sensação que me dá de ter que estar permanentemente disponível para quem me quiser ligar e de o meu paradeiro ser potencialmente conhecido de todos os que o quiserem saber. Quero poder não estar às vezes, percebem? Sem sentimento de culpa.

1 comentários:

tilida5ever design disse...

Antigamente não havia nada disso...As pessoas não estavam sempre contactáveis e ninguém morria!

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