quinta-feira, dezembro 02, 2010

Conclusão

Acho que já percebi. 
Gosto de estar acompanhada mas de sentir tudo à minha volta como se lá estivesse só eu. De sentir que não é forçado, que posso continuar calada e que isso não é estranho. Que posso andar pela livraria à vontade, ver isto, aquilo, e sentar-me no chão se me apetecer folhear um livro com mais atenção. Demorar-me a ler a revista que fui buscar enquanto espero pela minha fruta com iogurte e pelo meu pão com manteiga sem estar sempre a pensar se devia dizer alguma coisa. Apetecer-me, entrar num sítio só porque sim, parar no meio do local e olhar em volta, questão de perceber se algo me chama a atenção por tempo suficiente que me faça deslocar até lá e, se não, dar meia volta e sair, sem perguntas descabidas. Não ter que andar de sorriso na boca se não estiver para aí virada. Ficar a ler uma treta qualquer no sofá com a manta nas pernas, as almofadas nas costas, a chávena de chá no chão. Caminhar em silêncio.
Ao fim e ao cabo, ser e estar sem enviar constantemente um sinal de heartbeet ou de keep alive. Eu estou ali e sei que os outros também.

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