quarta-feira, maio 04, 2011

Os bancos

Ontem, de lixa na mão, banco deitado no chão da varanda e de traseiro em cima dos pés do banco, comecei mais uma das tarefas que tenho vindo a adiar para quando tiver tempo. Como nunca tenho tempo pareceu-me que aquele momento, acabadinha de chegar a casa e de tralhas pousadas, era mesmo o adequado para dar uma vida nova aos bancos da cozinha que herdei dos anteriores proprietários da minha casa. A lixa, essa, tinha-a comprado no dia anterior, na pequena drogaria-ou-lá-o-que-é-aquilo da rua da frente, completamente armada em connaisseuse quanto à grossura do grão do papel de marceneiro. É óbvio que não se tinha perdido nada se tivesse pedido uma lixa mais grossa mas isso agora também já não interessa nada, é fazer com o que há e pronto.
Hoje, tenho meio banco lixado, uma varanda cheia de pó da madeira, um vaso com hortelã cheio de pó de madeira, um vaso com salsa cheio de pó de madeira e um vaso com alfazema cheio de pó de madeira. Se a alfazema morrer de novo, já sei do que é. As minhas mãos não vamos sequer falar nelas, está bem?

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