sexta-feira, fevereiro 12, 2010

As ruas

Sou assídua passeante na rua do Alecrim, eu e tantas outras pessoas. As minhas caminhadas pela cidade começam normalmente lá em baixo, nunca percebi porquê mas tenho sempre tendência de começar rua acima, mesmo que o meu destino não seja por ali. Se há uma coisa que eu gosto de fazer nas cidades é andar pelas ruas, só porque sim, para conhecer, para ver. Se me perder tenho boca, com alguma sorte irei dar a Roma.
A rua do Alecrim é a minha Mouffe, em mais pequeno, acho-lhe piada, tem quase de tudo como na botica, e parece-me que cada vez mais. Gosto sobretudo do nome, só lhe falta um crime ou uma bruxa associada para a geminação ser perfeita, isto na minha cabeça claro. Foi precisamente por causa da bruxa de um livro que me fizeram ler em criança que pedi para ir ver a rua Mouffetard; engraçado, não consigo imaginar nenhum miúdo a pedir actualmente aos pais para passar na rua do Alecrim porque querem ver a estátua do Eça... Falta-lhe portanto uma bruxa, é isso.
Falta-lhe também uma esplanada, o sítio perfeito?, talvez naquele largo onde estão os bombeiros... Porque é tão difícil encontrar esplanadas bonitas nas ruas de Lisboa? Nunca hei-de entender. É por falta de ruas ou por falta de sol? É que frequentadores parece-me que haveria.
Mas se calhar a razão pela qual gosto mesmo desta rua é por causa da minha síndrome do elogio.

2 comentários:

Pedro Bom disse...

Também sinto muito a falta de esplanadas bonitas em Lisboa e arredores!!

eu... disse...

Largo do Barão de Quintela, dava uma esplanada engraçada se o terrreno fosse endireitado e a envolvente fosse limpa. Os bombeiros davam o "charme" ao sítio.
Avis aux amateurs.

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