quarta-feira, dezembro 16, 2009

As noites

22:30, por aí, e estou a cair. Já não ouço a televisão e já nem leio nada de jeito, acho que amanhã vou ter que voltar atrás umas quantas páginas. Vou prá cama, que se lixe, tenho andado a dormir tão bem que hoje de certeza que vai ser igual; caraças, não devia dizer isto tantas vezes ou vai-se virar contra mim. Será que só por estar a pensar isto já estou a condicionar a minha noite? Eu conheço-me, é bem provável.
Abro a cama. Tiro as calças do pijama (não consigo dormir com calças, é mais forte que eu, sempre fui assim, detesto sentir o tecido a enrolar-se pelas pernas e depois aquilo também me faz muito calor) e entro na cama. Não digo asneira mas penso-a, os lençóis estão frios como tudo, tapo-me e fico ali quietinha quase sem respirar a ver se esta sensação passa.
Passou. Viro-me para o meu lado, só pra este lado é que consigo dormir, nem quero arriscar o outro dá muito trabalho e depois se não durmo é uma treta; viro-me então e fico a ouvir a ver se há algum barulho. Não há - incrível - pelo menos nenhum irritante.
Já não me lembro de mais nada.
Acordo.
Deixa ver que horas são, não há barulho que estranho, são 2h e pouco. Agora digo mesmo asneira; eu sabia, o poder da sugestão é este - dois pares de estalos é o que tu mereces - agora trata mas é de dormir, sim? A técnica é o auto-abraço, mão direita no ombro esquerdo a fazer um V no peito, braço esquerdo em torno da cintura, mão na anca direita; deitada sobre a esquerda, o meu lado.
Funcionou, só voltei a ver as horas às 7...

0 comentários:

Blogger templates