terça-feira, dezembro 29, 2009

Perguntas

Há dias em que me pergunto mesmo o que é que ando aqui a fazer. Aqui, neste mundo, mas porque é que eu existo, que raio de importância tenho eu no meio de toda esta gente que vive neste planeta, já nem falo dos outros (planetas, claro). Se eu desaparecesse isso faria diferença a quem, porque é que me levanto todos os dias de manhã para fazer sensivelmente sempre as mesmas coisas mesmo que eu ache que não, que sou original no que faço e que até ocupo o meu tempo de forma diferente, que sentido tem esta minha vidinha afinal? É para ter algum sentido at all? Chateiam-me os fulanos que tiram um sentido para a vida de cada livro que lêem ou de cada filme que vêem, será que não estou a ser uma chata para mim própria ao insinuar que tenho que ter um propósito para cá andar? Não posso só gostar ou não gostar de viver e pronto, tal qual como se gosta de um livro ou de um filme? (Filosofia barata a estas horas é sono, só pode.)
Deve ser porque nesta altura anda tudo preocupado em fazer balanços e eu não tenho grande coisa para balançar, é que até ao lavar dos cestos é vindima e ainda faltam 3 dias para o ano acabar. Isto até rimou, só pode querer dizer coisa boa. É remoto mas é possível, as probabilidades dizem que é, posso conhecer o homem da minha vida, não, melhor, a relação da minha vida (o Júlio Machado Vaz lá sabe), posso ganhar o Euromilhões, posso morrer, posso muita coisa, posso conseguir mais nestes 3 dias do que nos 362 que já passaram.
(Acabei de ver a Filomena Cautela a espetar um chocho ao João Manzarra. Linda, a cara dele.)
Isto amanhã muito provavelmente já passou, dá-me assim de vez em quando, (já) não é grave, acho eu. Vou dormir que o teu mal é sono, estás como uma bola, já dizia o meu avô.

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