quarta-feira, outubro 13, 2010

A futilidade

Existe em mim como em qualquer outro ser imperfeito, acho eu. 
Eu tento dar-lhe para trás, não cedo facilmente aos seus apelos mas de quando em quando gosto de me presentear com peças criteriosamente escolhidas, versáteis e intemporais, mas nunca sem me chicotear mentalmente 3782 vezes por estar a queimar o produto do meu trabalho numa simples coisa. Se me chicoteasse realmente talvez não me desse para estas coisas, não era? Não compro por comprar, não penso só nisso, mas culpo-me na mesma por estar a fazê-lo, vá-se lá saber. Chamo-lhe futilidade, não sei se é bem isso mas uso a palavra na mesma, talvez porque podia viver sem.
Já o fiz com uma cadeira, com uma mala, com uma peça de roupa, com momentos, com um pedaço de papel, sei lá... Agora apetecia-me de novo mas não sei com o quê. Ainda...

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