Está rodeado de livros por todo o lado, o escaparate mais próximo dá-lhe pela cabeça. Não está minimamente interessado no que há à volta dele. Já repetiu a mesma pergunta uma boa dezena de vezes e obtém sempre a mesma resposta: nenhuma. Está a testá-los, só pode, é o que os miúdos mais gostam de fazer. Até eu já tenho vontade de lhe responder só para que se cale e me deixe escolher um livro em paz, isso ou abanar os pais com força para que acordem e lhe dêm 2 segundos de atenção.
Mana... quando saírmos daqui vamos comprar comida? Manaaa... quando saírmos daqui vamos comprar comida?
Silêncio.
Paaaai, quando saírmos daqui vamos comprar comida? Ó pai, quando saírmos daqui vamos comprar comida?
Vira-se para a mãe.
Mãe, quando saírmos daqui vamos comprar comida? Vamos? Mãe, quando saírmos daqui vamos comprar comida? Ó mãeeee, porque é que não vamos embora daqui comprar comida?
Deve ter quê, 5 anos? Bolas, deve ser duro ter-se 5 anos e sentirmo-nos ignorados se até eu com a idade que tenho não gosto disso.
Acabo por ir olhar para outras prateleiras porque esta música já se está a tornar repetitiva. Não melhora muito. Quando são crianças a fazer estas figuras acabamos sempre por compreender, quando vem dos adultos já custa mais.
Assim estava a Fnac do Colombo ontem à noite.
Uma feira.
Da ladra.
Literalmente.
Saí de lá de mãos vazias.
I.
Mana... quando saírmos daqui vamos comprar comida? Manaaa... quando saírmos daqui vamos comprar comida?
Silêncio.
Paaaai, quando saírmos daqui vamos comprar comida? Ó pai, quando saírmos daqui vamos comprar comida?
Vira-se para a mãe.
Mãe, quando saírmos daqui vamos comprar comida? Vamos? Mãe, quando saírmos daqui vamos comprar comida? Ó mãeeee, porque é que não vamos embora daqui comprar comida?
Deve ter quê, 5 anos? Bolas, deve ser duro ter-se 5 anos e sentirmo-nos ignorados se até eu com a idade que tenho não gosto disso.
Acabo por ir olhar para outras prateleiras porque esta música já se está a tornar repetitiva. Não melhora muito. Quando são crianças a fazer estas figuras acabamos sempre por compreender, quando vem dos adultos já custa mais.
Assim estava a Fnac do Colombo ontem à noite.
Uma feira.
Da ladra.
Literalmente.
Saí de lá de mãos vazias.
I.
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