segunda-feira, abril 12, 2010

E foi assim...

Não há nada que pague o sol e o calor que esteve ontem, não há dinheiro que compre a disposição do S. Pedro e ainda bem, mal de nós se a meteorologia passasse (também) a ser elistista.
Afinal há tantos sítios onde nunca fui, a lógica da batata a falar, quem é que já esteve em todo o lado? Ninguém. Bom, Monserrate era um desses sítios e eu não sabia o que andava a perder... Depois de uma breve passagem pelo bar da praia mais ventosa deste país para almoçar, direcção serra de Sintra. Adoro andar a pé, ia com essa ideia, mas reconheço que ir até àquele Parque a gastar a sola dos sapatos é, quase na certa, um bilhete grátis para o cemitério. Não há bermas de jeito e as que há são fundas, circula-se de carro em ambos os sentidos mal havendo espaço para dois carros, ser peão ali só com uma ambulância a fazer de carro vassoura. A verdade é que não se vê ninguém a pé ali o que é compreensível mas, ao mesmo tempo, uma pena porque a envolvente é lindíssima.
A tarde foi toda passada na relva entre o sol e as sombras da Agathis robusta australiana e do Camecíparo-fúnebre chinês com vista privilegiada para a maior árvore que há no jardim (que eu pensava ser uma Acácia mas que afinal é uma Araucácia...). Todas as plantas que na minha zona só crescem em vaso tratadas a pão de ló proliferam como ervas daninhas ali: camélias, rododendros, azáleas, tudo em tamanho gigante. Não se ouve nada, só os pássaros, a garotada e um gorgolejar que eventualmente seria o mar, fiquei na dúvida mas até pode ser. 
Houve dedaleiras a estalar como a minha mãe me ensinou quando vinha de férias, muito descanso, óptima conversa, melhor companhia; enfim, uma tarde singelamente linda pois por muitos adjectivos que procure para a caracterizar nenhum é suficiente.


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