segunda-feira, abril 19, 2010

Make it simple

Não acabei de perceber se afinal sou simples ou complicadinha. Brinco claro, espero que seja para brincar, ou melhor eu sei que é para brincar, o a menina é tão complicadinha é sempre acompanhado de um revirar de olhos forçado e engraçado, deve ser porque questiono muito, porque gosto de porquês e porque não entendo como é que não é tudo mais fácil quando o pode ser. Entender até entendo, simplificar é uma tarefa difícil para quase toda a gente, a mim também me custa mas quando se consegue é muito bom. É difícil simplificar, a verdadeira verdade de La palisse; bolas, se isto não é um contrasenso não sei o que será...
Há tanta coisa simples e boa, o engraçado é que a poucos ocorre que sejam tão boas por serem tão simples, muita gente perdeu a capacidade de ver isto, porque é que quanto mais inatingível melhor? Jantar pastéis de Belém e ficar na conversa sem olhar para as horas, rebolar na relva sobre nós próprios porque mudar de lugar dá demasiado trabalho, brincar com o cabelo de alguém de quem se gosta, perceber que os cannelonis do almoço estavam mesmo bons quando vemos que há alguém a raspar o queijo derretido do pyrex, comer gelatina de morango com morangos para sobremesa... Tinha lá piada jantar vichyssoise, aka sopa-de-alho-porro-com-natas ou lavagante pochée, ter que tirar o descapotável da garagem para fazer 100m ao sol, ter uma massagista tailandesa a seguir-nos como um cão ou pensar 108 vezes antes de meter a colher na bavaroise para não estragar o aspecto do doce?
Há tanta coisa ao meu alcance, só não as aproveito se for parva...

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