quarta-feira, agosto 11, 2010

O telefone

Quando o telefone toca antes das 8 da manhã só pode ser engano. Isso ou é o despertador e ainda estou com tanto sono ou tão ocupada que o primeiro instinto é desligar a coisa. Espreitei muito levemente, pareceu-me ser alguém mas carreguei no botão vermelho na mesma.
Mas passado um bocado, começa-se a pensar como deve ser e se calhar era mesmo uma chamada importante, afinal ninguém (minimamente inteligente e que preze a sua integridade física) me liga a estas horas; deixa cá ver.
Era a M. 
Que pensava que já estava no escritório (já houve tempos, já...).
Que pensou em ligar-me porque não sabia a quem ligar e que queria que lhe prometesse uma coisa (mau...).
Que vai fazer uma cirurgia experimental hoje, que não sabe como se vai passar e que se por acaso correr mal que fico eu incumbida de dizer à mãe dela que morreu feliz (ãh??).
Não me quis dizer a que horas é a cirurgia (depois ficas ansiosa e não quero que ninguém venha cá) mas contou-me porque é que morreria feliz. Por esses motivos a coisa só pode correr bem. Se correr mal vou ter umas contas a ajustar com alguém lá em cima ou lá onde é.
Estou a fazer figas com os dedos todos miúda (e vou ver se descubro a que horas é essa coisa...).

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