sexta-feira, agosto 27, 2010

Ontem

Praticamente a morrer de sono no sofá, anuncio que está na hora de transumar para o quarto e assim faço. Assim que lá chego o sono passa-me e desperta a esquizofrénica-rabugenta: a minha vizinha de baixo está a ver a novela mas ouço melhor a televisão eu que ela, de certeza, já é meia-noite, mas onde é que estamos?, isto é uma festa ou quê?, não pode ser, eu quero dormir, só me apetece ir lá abaixo..., que falta de respeito pelos outros! 
Como se não bastasse isto tudo também tenho ouvido de tísica (lembras-te Tilde, eras tu que dizias isso) e consigo perceber que há outra conversa misturada no som da novela. São muito provavelmente os vizinhos do lado. Não espera, é só uma fulana; e fala sozinha portanto está ao telefone, não podia ir falar para outro lado?, e não são já horas de estar caladinha também?, que sorte a minha... 
A rabugice transforma-se em fúria quando começo a ouvir risos que vêm mesmo ali do lado; quanto mais risos há, mais irritada fico, isto é uma pescada de rabo na boca é o que é mas deve ser divertido como tudo porque os risos não param. O melhor nesta altura é mesmo ficar calada, não vá dizer coisas parvas num momento que é tudo menos são do ponto de vista mental.
Olha, a novela acabou... Agora só falta a outra calar-se.
Bem, também já não há risos. Foram substituídos por um ressonar baixinho...

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