sexta-feira, outubro 09, 2009

As rodas

Faz confusão a muita gente que eu não tenha carro. Mais ainda, que não tenha carro porque não quero. A família já se habituou, já pouco falam nisso. Os amigos de há muito tempo também já não se indignam mas se, por acaso, isto chega aos ouvidos de pessoas que me conhecem mal... ai... sou tratada com um ET.
- Mas porquê? Não tens carta? Como é que fazes? E como é que sabes o que apanhar e onde? E se te apetece ir a algum lado?
- Porque não preciso! Tenho, desde os 18. Ando de transportes públicos... Informo-me, ora! Vou, de uma maneira ou de outra, qual é o problema?
Um carro é outra independência, pois é, mas eu não preciso de um. Desde que saio de casa até que chego ao trabalho demoro, no máximo, 30 minutos. Dou a volta a Lisboa e arredores sem problemas de maior, a pé, de autocarro, metro, comboio. Se saio à noite e se fôr preciso há uma coisa chamada táxi. Quando vou de fim de semana há o expresso. São muitos anos, já faz parte...
É claro que não sou tolinha ao ponto de dizer que adoro andar de transportes públicos mas, para já, são-me suficientes. Gosto muito de andar a pé e se pudesse andava de bicicleta mas para o meu percurso é impraticável.
Para mim, um carro é um comodismo como outro qualquer. Sendo comodismo é perfeitamente dispensável, indispensáveis são as necessidades. Lá cederei a outros caprichos em troca...
I.

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